Paulo Sérgio reagiu à abertura do processo de inquérito por parte do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol, devido ao onze que decidiu apresentar na derrota diante do FC Porto (7-0).
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O objetivo é averiguar se os algarvios apresentaram uma equipa propositadamente enfraquecida diante dos dragões.
“O meu passado fala por mim e alguém pôr a hipótese de eu alinhar em certo tipo de jogadas é algo inaceitável. Só o facto de levantarem dúvidas já constituiu uma afronta. Tenho pais, tenho filhos, tenho uma família, e tudo isto fala mais sobre as pessoas que me põem em causa do que por mim, pois subi a pulso e tenho uma ficha limpa. Já dei suficientes explicações sobre as opções tomadas diante do FC Porto e, como todos viram, mesmo com dois guarda-redes no banco tinha lugares vagos… Abordei, com clareza, todas as questões relacionadas com o jogo do Dragão e a vitória diante do Moreirense veio carimbar a nossa permanência mas parece que isso está a fazer mal a alguém“, afirmou.
O treinador do Portimonense condenou sobretudo as críticas de pessoas com responsabilidade no futebol.
“As que foram feitas pelas redes sociais, pois burros sempre houve, mas, por outro lado, sinto-me envergonhado por gente com responsabilidades no futebol, incluindo algumas pessoas que me conhecem bem, sequer pensarem que eu poderia estar envolvido em situações em que se calhar essas pessoas andaram envolvidas a vida inteira“, referiu.
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Paulo Sérgio voltou a explicar as opções que tomou.
“Apenas deixei de fora três jogadores que estavam em risco de exclusão caso vissem o cartão amarelo. No lugar do Angulo atuou o Anderson, que tem muitos mais jogos na Liga, troquei o Filipe Relvas pelo Pedro Sá, que é o nosso jogador com mais jogos competição, e na baliza o Samuel foi rendido por um internacional de um dos países mais poderosos do futebol asiático, o Irão. Querem colocar em dúvida o quê? Os outros estavam lesionados ou castigados…“, salientou.
Paulo Sérgio vai mais longe. “Diante do Moreirense utilizei de início o Sana, que tem poucos minutos na Liga. Deveria ter ligado primeiro, a pedir autorização? O Nélson Veríssimo deixou de fora o Everton Cebolinha e o Taraabt diante do Famalicão e empatou e também será alvo de um processo? Outros treinadores fazem semanalmente as suas opções, em função de um conjunto de fatores, incluindo o risco de castigo, e precisarão, a partir de agora, de justificar-se pelo que decidem?“, questionou.
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