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Penálti por marcar no Arouca-FC Porto? Expulsão perdoada a Francisco Conceição?

Francisco Conceição, no FC Porto-Antuérpia

Os especialistas de arbitragem dos diários desportivos O Jogo e A Bola e da rádio Observador analisaram o desempenho de Nuno Almeida no Arouca-FC Porto.

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Aos 45 minutos, os dragões ficam a queixar-se de um penálti por mão na bola de Bambu, ao cabeceamento de Evanilson. Apenas Jorge Coroado defende que ficou um penálti por assinalar.

Aos 57 minutos ocorreu o lance que merece mais queixas por parte dos dragões, que reclamaram uma grande penalidade por assinalar. Os especialistas são unânimes ao considerarem que Tiago Esgaio faz falta sobre Galeno, ao empurrar o avançado portista na disputa de um lance aéreo.

Tirando José Leirós, todos os especialistas defendem que Francisco Conceição deveria ter sido expulso aos 90+1 minutos por comportamento antidesportivo, ao atirar a bola à cara de Weverson.

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Veja as análises completas abaixo.

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A análise de Pedro Henriques

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A análise de Duarte Gomes

Nuno Almeida viajou até ao distrito de Aveiro, para dirigir o muito complicado FC Arouca/FC Porto.

O árbitro algarvio, que é um dos melhores do quadro atual, teve pela frente jogo recheado de lances difíceis nas áreas (e também fora delas), acertando na maioria, como quase sempre faz. Mas a este nível, o detalhe implacável das imagens televisivas consegue desmontar situações que dificilmente poderiam ser percecionadas em campo. Algumas, não todas, só mesmo em sala.

Segue análise técnica aos momentos mais relevantes da partida:

1′ Golo inaugural, marcado por Mujica, após cruzamento da direita de Cristo González. Pepe, mais a meio, validou a posição do avançado espanhol. Esteve bem o árbitro assistente na avaliação do lance.

4′ David Simão tocou na bola, não cometendo infração sobre Francisco Conceição. O lance, na área do FC Arouca, foi bem analisado por Nuno Almeida.

6′ Mujica tocou na bola, não cometendo falta sobre Francisco Conceição. O árbitro assistente errou, iludindo o seu chefe de equipa a assinalar pontapé-livre direto.

7′ Decisão indiscutível do algarvio, em lance na área arouquense: Bambu tentou pontapear a bola, mas Evanilson chegou primeiro. O defesa brasileiro acertou apenas no pé direito do adversário, cometendo infração passível de pontapé de penálti.

12′ Jogada de muito perigo do ataque azul e branco bem sancionada por fora de jogo inicial de Pepê.

17′ Desta vez, Sylla carregou mesmo Evanilson e o árbitro assistente, perto do lance, não indicou (como devia) a infração para o FC Porto.

28′ Este é um daqueles lances em que a lei não é justa: o braço esquerdo de Pepe levantou na direção da bola, desviando a sua trajetória. O gesto é tecnicamente irregular (e sancionável), mas na verdade o central do FC Porto não teve tempo para raciocinar, sendo punido pelo seu instinto. Não é à toa que o IFAB preparava-se para rever estas situações, em lances que podem resultar em pontapés de penálti. Ainda assim, convém sublinhar: decisão correta do árbitro da partida.

34′ Golo bem anulado a Evanilson por fora de jogo: o avançado estava adiantado (25cms) quando Galeno lhe passou a bola. Excelente decisão do árbitro assistente.

39′ Pedro Santos foi muito negligente na forma como abordou dividida com João Mário. O cartão amarelo foi indiscutível.

41′ Jason, que saiu em velocidade, foi derrubado por toque faltoso de Wendell. Nuno Almeida não viu e por isso não puniu a infração, nem técnica nem disciplinarmente (com advertência).

42′ Pepê pediu mão na bola de David Simão, mas não houve infração do médio arouquense. Os dois viram a bola ressaltar para os seus braços. Novo lance bem analisado na área do Arouca.

45′ Wendell pediu penálti por braço de Bambu, mas sem razão: a bola cabeceada pelo jogador do FC Porto foi ao encontro da mão direita do adversário. O defesa tinha o braço ao longo do corpo, em posição natural e não fez qualquer movimento na direção do esférico. Boa decisão.

50′ Oportunidade de golo do FC Porto, com remate na queima defendido, in extremis, por Arruabarrena. Evanilson pareceu milimetricamente adiantado, mas o árbitro assistente nada assinalou.

52′ Galeno “pediu” falta e com razão: o avançado foi derrubado por toque irregular de Tiago Esgaio, junto ao banco do FC Porto.

56′ Cristo González criou perigo, mas partindo de posição irregular (não assinalada) pelo árbitro assistente.

57′ Lance no ângulo cego de Nuno Almeida: Tiago Esgaio, sem disputar a bola, colocou o seu braço/cotovelo direito nas costas de Galeno, exercendo pressão irregular, que foi evidente nas imagens (foi visível o movimento de basculação exercido pelo defesa português). A infração afastou da jogada o avançado do FC Porto. Neste lance o VAR poderia ter colaborado com o seu chefe de equipa. Ficou por assinalar pontapé de penálti para o FC Porto.

61′ Jason partiu do próprio meio campo (a passe de David Simão) para marcar o terceiro golo da equipa visitada. Lance legal.

64′ Jason pisou o pé direito de Evanilson, cometendo infração negligente, bem sancionada com advertência.

65′ Montero disputou bola aérea com Stephen Eustáquio com contacto, mas sem infração. Novo lance bem avaliado na área do FC Arouca.

69′ Fábio Cardoso tocou na bola mas também no pé de Mujica, pisando o adversário. A infração, que cortou um ataque prometedor, foi bem punida com cartão amarelo.

73′ Montero, na sua área, jogou a bola sem cometer falta sobre Francisco Conceição. O contacto existiu quando o avançado do Porto tentou o remate, atingindo inadvertidamente a perna esquerda do espanhol.

74′ Busquets agarrou Wendell de forma claramente antidesportiva. Foi bem advertido.

89′ Wendell abordou adversário de forma antidesportiva (uso indevido dos braços) e Francisco Conceição, com pressa compreensível, quis ajudar a levantar o espanhol, incorrendo na mesma conduta. Ambos foram advertidos com justiça.

90+1′ Francisco Conceição passou a bola a Weverson, não para as mãos, mas na direção do rosto do adversário. Numa altura mais tensa do jogo, o instinto do avançado foi mesmo antidesportivo. Caso tivesse sido visto pela equipa de arbitragem (o jogo estava interrompido), devia ter sido sancionado com segundo cartão amarelo e consequente expulsão.

90+4′ Tony Martinez não foi atingido no rosto, como sugeriu ao agarrar-se à cara. David Simão nada fez nesse sentido. Lance sem penálti.

90+6′ Fábio Cardoso viu bem o (segundo) cartão amarelo após entrada negligente sobre um adversário.

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