Jurgen Klinsmann reagiu à vitória do Irão de Carlos Queiroz sobre o País de Gales de forma bastante polémica. O antigo avançado alemão não ficou impressionado com os iranianos, deixando críticas à forma como considera que os comandados de Queiroz terem condicionado o árbitro ao longo da partida.
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Klinsmann foi mais longe ao referir que o Irão encaixa bem com o técnico português por causa dessa característica.
“Faz parte da cultura deles, da forma como jogam. O Carlos encaixa muito bem nesta seleção nacional e na sua cultura. Não é uma coincidência. É tudo de propósito. Faz parte da cultura deles, é assim que jogam. Andam a ‘trabalhar’ o árbitro. Basta ver o banco, a forma como saltavam em cima do assistente e do quarto árbitro, sempre a dar-lhes na cabeça. Há muita coisa que não se vê. Esta é a cultura deles, eles meio que tiram o foco. Fazem-te perder a concentração e isso é algo importante. E aí tiram-te do jogo. Teria sido diferente com outro árbitro. Eles tinham cinco pessoas à volta do árbitro do jogo e isso não jogou a favor de Gales“, afirmou em declarações à BBC.
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Carlos Queiroz recorreu à sua página de Facebook para deixar uma resposta arrasadora. O selecionador do Irão convidou a que Klinsmann se desloque ao Irão para conhecer verdadeiramente a sua equipa. Mas antes disso, apela que o também antigo selecionador dos EUA se demita do cargo que ocupa na FIFA.
“Caro Jurgen;
Tomaste a iniciativa de me chamar Carlos, por isso acredito que é justo chamar-te Jurgen. Certo?
Mesmo não me conhecendo pessoalmente, questionaste o meu carácter com o típico preconceito de superioridade.
Independentemente do quanto respeite aquilo que fizeste dentro do campo, estas alegações sobre a cultura e seleção iraniana, tal como os meus jogadores, são uma vergonha para o futebol.
Ninguém consegue ferir a nossa integridade quando não está ao mesmo nível, claro.
Mesmo assim, queremos convidar-te, como nosso convidado, a vir ao centro de treinos da seleção do Irão, socializar com os jogadores iranianos e aprender sobre o país, as pessoas, os poetas, a arte, a álgebra, e toda a cultura milenar persa. E também ouvir o quão os nossos jogadores adoram e respeitam o futebol.
Como americano/alemão, entendemos que não nos apoies. Sem problema.
E mesmo depois das chocantes alegações na BBC, a tentar desvalorizar os nossos esforços, sacrifícios e qualidade, prometemos que nunca iremos fazer qualquer julgamento quanto à tua cultura, raízes ou passado e será sempre bem recebido na nossa família.
Ao mesmo tempo, queremos também seguir com atenção a decisão da FIFA em relação à tua posição como membro do Grupo de Estudo Técnico do Mundial’2022. Porque, obviamente, esperamos que te demitas antes de visitares o nosso centro de treinos“, escreveu.
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