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Ex-Benfica revela: “Luisão evitou o confronto físico entre mim e Rui Costa”

Rui Costa, administrador da SAD do Benfica

Filip Djuricic custou seis milhões de euros aos cofres do Benfica em 2013, mas nunca conseguiu justificar o investimento.

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O sérvio concedeu uma entrevista ao site do seu país Sport Klub, onde revelou um momento de alta tensão com Rui Costa. A intervenção de Luisão evitou o confronto físico.

Houve um jogo em que fui para o banco e joguei muito bem e era para começar o próximo jogo como titular, mas fiquei no banco. O treinador mandou-me aquecer muito cedo e manteve-me sempre em exercícios. Quando vi que ele chamou outro jogador para a última substituição, fui diretamente para o balneário. O Rui Costa viu-me porque os adeptos cumprimentaram-me quando passei e pensou que eu ia entrar no jogo. Ele apontou-me as culpas e foi também para o balneário. Houve uma discussão e o lendário capitão Luisão evitou o confronto físico. Foi a gota de água para mim. No final, o clube cedeu e permitiu-me sair sem compensação porque não queria ficar com má reputação. Despedimo-nos em tom relativamente amigável“, afirmou.

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Após sucessivos empréstimos, Djuricic deixou a Luz em 2017.

O médio sérvio revelou que havia grandes expetativas em torno da sua contratação e explicou o motivo pelo qual optou pelo Benfica em detrimento de outros clubes.

“Entrei no último ano do contrato e, por respeito ao Heerenveen, não queria sair como jogador livre. Havia respeito mútuo. O acordo não era para prorrogar o contrato. Eu estava perto de me mudar para o Ajax e, além disso, recebi várias ofertas de grandes nomes europeus, como o Arsenal, o Borussia Dortmund, o Liverpool e Inter Milão. Eu também estava em contacto com o AC Milan através do Van Basten. Optei pelo Benfica porque me parecia a melhor opção na altura. Era uma equipa dominante no campeonato nacional e disputava a Liga dos Campeões. Era crucial que eu fosse um grande desejo do clube e do diretor Rui Costa. Ele convenceu-me a ir para Lisboa. Embora eu estivesse mais próximo do Ajax, eu ouviu-o porque ele disse-me que eu ficava com a camisola 10. ‘Depois de mim e do Aimar és tu, és a next big thing, com uma equipa que será formada em torno de ti’, disse-me. Naquele momento, eu era a maior transferência da história do clube [Herenveen]. É um indicador do quanto eles estavam interessados e do quanto as coisas mudam no futebol de hoje”, referiu.

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Por último Djuricic revelou as razões pelas quais não conseguiu singrar no Benfica: a experiência e… Jorge Jesus.

“Há duas razões pelas quais eu não vinguei. Eu era muito jovem, sem experiência aquele nível e o motivo principal teve a ver com o facto de não estar nos planos do treinador, mesmo sendo um projeto do clube. No segundo treino, Jorge Jesus disse-me que não jogava com aquele tipo de médios-ofensivos e que eu seria a última opção para o meio-campo ou seria avançado. Eu fiquei em choque. Negociei com vários clubes e vim para cá onde pensei que daria o melhor passo na carreira e acontece-me isto. O Matic disse-me para me concentrar e que o treinador queria realmente tirar o melhor de mim. Nem comecei mal, joguei na Liga dos Campeões, marquei um golo ao Anderlecht e os primeiros seis meses foram bons, mas depois disso tudo foi por água abaixo e ele [Jesus] disse-me que era melhor ir para outro clube. Embora eu não o quisesse, percebi que não tinha escolha porque se ficasse ficaria estagnado. Mesmo aqueles empréstimos que tive não foram as soluções mais felizes“, concluiu.

Recorde-se que Djuricic está nos italianos do Sassuolo, clube que representa desde de 2018.

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