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Varandas cedeu a ameaças e chantagem de empresário em negócio a custo zero

Frederico Varandas, presidente do Sporting, a discursar

No verão de 2019, a prioridade de Frederico Varandas, eleito presidente do Sporting há menos de um ano, era arrumar o plantel, por forma a equilibrar as contas, perante o número excessivo de jogadores com contrato.

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Dessa ‘varridela’ resultaram na saída de 45 jogadores entre vendas e desvinculações (26) e empréstimos a clubes nacionais e estrangeiros (19). Neste último lote estava incluído o nome de Petrovic. No entanto o jogador só viria a sair graças a uma chantagem do empresário Bruno Macedo, segundo revelam as escutas do processo Cartão Vermelho.

O médio chegou a Alvalade na temporada 2016/17, tendo jogado apenas três partidas. Seguiu-se o empréstimo ao Rio Ave e duas temporadas depois regressava ao Sporting já com 39 jogos disputados.

A intenção dos leões passava pelo seu empréstimo, mas eram muitas as dificuldades para encontrar um clube que estivesse disponível a pagar o seu elevado salário: 1,3 milhões de euros limpos por ano.

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Foi então que Bruno Macedo entrou em cena. O empresário colocou Petrovic no Almería, clube com quem tem relações privilegiadas, mas o emblema espanhol não queria pagar pelo passe do sérvio.

A 18 de agosto, Hugo Viana informa que Bruno Macedo receberá uma comissão se o Almería pagar 250 mil euros pelo jogador. Contudo o empresário reage muito mal à proposta, ameaçando estragar o negócio e ainda boicotar a transferência de Gelson Dala, jogador que o Sporting queria emprestar.

O empresário faz questão de dizer ao diretor-desportivo dos leões que não pode “trabalhar sem receber” e frisou as dívidas de dois anos que o clube tinha de lhe pagar.

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Então Hugo Viana informa que Macedo deveria resolver a questão com o presidente, cuja conversa não aparece nas escutas. No dia seguinte, Petrovic acabaria mesmo por ir para o Almería.

No balanço enviado à CMVM consta os 75 mil euros relativos à comissão de Bruno Macedo, num negócio a custo zero.

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