Durante um encontro com jovens adeptos do FC Porto na Praia da Luz, no Porto, Pinto da Costa, presidente do clube, comentou o processo disciplinar recentemente instaurado contra si, na sequência das suas críticas à arbitragem após o confronto entre Estoril e FC Porto na Liga. O dirigente expressou descontentamento com a situação, relacionando-a com uma percebida falta de liberdade de expressão no futebol português.
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“Fico triste, porque quando estamos próximos do 25 de Abril, que foi feito para termos muita liberdade, inclusive a liberdade de expressão, no futebol ainda não chegou o 25 de Abril“, afirmou Pinto da Costa, numa referência clara ao dia que celebra a Revolução dos Cravos em Portugal, um evento histórico que marcou o fim da ditadura e o início de uma era de liberdade, incluindo a de expressão.
O presidente criticou também Cláudia Santos, presidente do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol, questionando a coerência de celebrar o 25 de Abril enquanto, segundo ele, restringe a liberdade de expressão no âmbito futebolístico.
Quando questionado sobre os processos disciplinares abertos a outros membros do clube, Pinto da Costa adotou um tom mais ligeiro, recusando-se a comentar diretamente, evidenciando um distanciamento sarcástico em relação às acusações de comportamento inadequado.
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Sobre a sua campanha e as atividades como presidente, Pinto da Costa sublinhou a continuidade da gestão do clube como sua prioridade, desviando o foco das controvérsias externas para enfatizar a importância dos eventos comunitários e a sua participação neles.
Dirigindo-se aos jovens presentes, o líder portista enfatizou a busca pela felicidade, encorajando-os a encontrar parte dessa alegria através do seu envolvimento e apoio ao FC Porto.
As declarações de Pinto da Costa surgem num contexto de crescente debate sobre a liberdade de expressão no desporto e o papel das autoridades disciplinares. Enquanto o presidente reafirma a integridade do Conselho de Arbitragem, as suas críticas sublinham uma tensão entre a liberdade de criticar e as normas que regem o comportamento no futebol português. Este episódio reflete não só a paixão pelo desporto mas também as complexidades da governança futebolística no país.
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