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Pichardo Pode Deixar Portugal Devido a Polémica de Naturalização

Pedro Pichardo conquista o ouro nos Jogos Olímpicos de Tóquio

José Manuel Constantino, presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP), expressou sérias preocupações sobre o futuro de Pedro Pablo Pichardo, campeão olímpico do triplo salto, em Portugal. Em entrevista à agência Lusa, Constantino abordou o diferendo entre Pichardo e o Benfica, assim como a controvérsia em torno da sua naturalização, temendo que estas questões possam levar à saída do atleta do país.

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Chegados a este ponto, a minha convicção é que o Pedro Pichardo vai sair de Portugal”, afirmou Constantino, referindo-se às recentes declarações de Pichardo ao jornal Record. O atleta manifestou descontentamento com a valorização do atletismo em Portugal e com a sua relação conturbada com o Benfica, especialmente com a coordenadora do projeto olímpico, Ana Oliveira.

O presidente do COP sublinhou que, apesar de acreditar que Pichardo continuará a representar Portugal, o atleta provavelmente procurará um clube que lhe ofereça melhores condições financeiras, dada a sua relação deteriorada com o Benfica.

A polémica em torno da naturalização de Pichardo, um atleta de origem cubana, intensificou-se após comentários de Nélson Évora, também campeão olímpico no triplo salto, que sugeriu que Pichardo tinha sido “comprado”, questionando a rapidez do seu processo de naturalização. Constantino alertou para uma mudança de atitude nos serviços de reconhecimento da naturalidade, temendo que isto possa prejudicar os processos de outros atletas.

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Constantino criticou a abordagem dos serviços administrativos na avaliação dos méritos desportivos dos atletas para a naturalização, apontando que decisões como estas não favorecem, mas prejudicam Portugal. Ele fez referência a casos de atletas como Agate de Sousa, Roger Iribarne e Reynier Mena, cujos currículos desportivos extraordinários deveriam ser considerados suficientes para acelerar o processo de naturalização.

O presidente do COP desafiou o poder político a esclarecer o porquê de atletas com currículos relevantes não terem sido naturalizados nos mesmos moldes que outros. Ele também ressaltou a necessidade de uma intervenção nas estruturas administrativas, que considera ignorantes nesta matéria, sugerindo que o Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) deveria ser a entidade a avaliar o valor desportivo dos atletas para efeitos de naturalização.

Esta situação coloca em evidência as complexidades e os desafios associados ao processo de naturalização de atletas em Portugal, especialmente aqueles que possuem um potencial significativo para representar o país a nível internacional. Constantino encerra a entrevista evidenciando um receio latente de intervenção neste assunto, sob a alegação de naturalizações oportunistas e estritamente desportivas.

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