Em declarações ao diário desportivo Record, Manuel Serrão pronunciou-se sobre a incógnita em torno do futuro de Sérgio Conceição no FC Porto.
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O comentador afeto aos dragões considera que o treinador está no direito de avaliar propostas de eventuais interessados e progredir na carreira, embora seja a favor da sua continuidade.
“O Sérgio Conceição tem todo o direito a isso, desde, claro, que sejam salvaguardados os direitos e interesses do clube. Há uma cláusula de rescisão, até bastante elevada. A medida de um eventual pagamento são os responsáveis que têm de decidir qual será, mas, na perspetiva do Sérgio Conceição, não tenho dúvidas de que tem todo o direito a avaliar os convites que lhe chegarem. Tenho pena, mas compreendo-o. Tem todo o direito a dar o salto. Até porque, como sabemos, ele já ganhou tudo o que tinha para ganhar no FC Porto nestes seis anos“, afirmou.
Manuel Serrão entende que o facto de não haver condições garantidas para Conceição lutar por títulos possa motivar uma saída.
“O FC Porto poderia lutar por coisas maiores, mas não na realidade que temos e com a qual o Sérgio tem lidado. O Uribe já foi, o Manafá está a caminho, o Marcano não sabemos… Já se admitiu que é preciso vender uns milhões de euros até ao fim do mês. Fala-se disto, que é debilitar a equipa, e não se fala em reforços, em compras… Portanto, perante isto é fácil compreender a abertura do Sérgio para considerar uma saída”, referiu.
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O comentador dos dragões pronunciou-se ainda sobre o recente apelo público de Pinto da Costa para convencer Conceição a continuar.
“O presidente diz o que pode dizer. São factos. Há mais um ano de contrato. O que ele não diz é porque é que não renovou com o Sérgio Conceição a meio da época, algo de que, como é público, eu falei durante a temporada. Acho que mais do que falar para fora o presidente está a fazer um apelo ao coração do Sérgio, mas isso… Corações corações, negócios à parte. O presidente é portista naturalmente, mas se lhe pedíssemos para em nome do seu portismo abdicar de receber o seu ordenado, acho que ele, e bem, não aceitaria“, disse.
Por último, Manuel Serrão pronunciou-se sobre a saída do treinador pelo valor da cláusula, fixada em 18 milhões de euros e apontou o dedo à SAD pelo facto de não ter assegurado a renovação.
“Acho que, a acontecer essa saída, o FC Porto tem de salvaguardar os seus direitos. Agora… Ninguém quererá certamente que o Sérgio fique no FC Porto sem ser de corpo e alma, com algo por resolver. Acho que isto só prova que eu tinha razão quando pedi que renovassem contrato com ele a meio da época, o que não aconteceu. Ou seja, acho que a SAD esteve novamente mal no meio deste processo“, concluiu.
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