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Jesus lembra o Benfica após saída do Fenerbahçe da Champions

Jorge Jesus, treinador que orienta o Benfica

Na conferência de imprensa que se seguiu ao afastamento do Fenerbahçe da Liga dos Campeões diante do Dínamo de Kiev, Jorge Jesus procurou explicar este desfecho desapontante.

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O técnico português considera que a falta de experiência da sua equipa acabou por ser determinante. Ainda assim, Jesus olha para o futuro com confiança.

“O jogo tem uma história, como todos. Até aos 65 minutos, o Fenerbahçe foi a equipa que mais oportunidades criou. Fez sete remates na baliza, o Dínamo um. Para quem estava no estádio, quando estava 11 para 11 todos acreditávamos que íamos passar. A expulsão mudou tudo. Normal. Não só pelo facto de termos menos um, mas porque a expulsão desorganizou a equipa. Foi nessa altura que o Dínamo marcou. A equipa teve muita crença e alma e foi à procura do golo. Temos o penálti falhado. Fomos uma equipa corajosa. Acabámos por marcar numa bola parada. Quando não se ganha não se fica feliz, mas o jogador do Fenerbahçe tem de sair com a cabeça bem levantada, porque correram muito, jogaram muito quando estava 11 para 11. A falta de experiência de jogar na Champions foi determinante e fez com que a equipa saísse eliminada“, afirmou.

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O treinador luso foi ainda questionado sobre se as contratações feitas neste mercado foram feitas com a sua aprovação.

Não importa muito estar agora a falar se concordei com os jogadores que o Fenerbahçe contratou, claro que sim [que concordei]. O que importa hoje é o jogo. Os adeptos do Fenerbahçe devem estar orgulhosos do que a equipa fez hoje enquanto esteve a jogar 11 contra 11. Mesmo depois, a equipa teve uma boa resposta em querer e acreditar, mas quando estás na Champions os mais pequenos pormenores determinam se tu passas ou não [para a próxima eliminatória] e foi o que aconteceu hoje. A expulsão do Ismail [Yüksek] teve algum peso no jogo, quando estávamos 11 contra 11 tínhamos 60% de posse, quatro oportunidades de golo… e isso mudou o nosso comando do jogo. A equipa teve de correr muito, depois no prolongamento a equipa já não teve a capacidade física necessária para aguentar. Quem viu o jogo viu que a equipa do Fenerbahçe estava mais cansada que o Dínamo Kiev por tudo o que foi acontecendo durante os 90 minutos”, referiu.

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Jesus lembrou ainda as dificuldades que os ucranianos já haviam criado, quando orientou o Benfica no ano passado.

“Eu é que trabalho com os jogadores durante a semana, eu é que conheço os jogadores. Todas as decisões que a equipa teve neste jogo em função do primeiro jogo a equipa esteve muito bem. Não tendo problemas físicos, achei que não justificava tirar alguém. Se não jogar Joshua King, está o Dursun, mas fisicamente não está tão pronto para os jogos. Não é uma questão de estar a falar de jogador A ou B. Trata-se da eliminação do Fenerbahçe. Trata-se que jogámos 1 hora e 15 minutos com menos um jogador contra uma boa equipa. O Dínamo é uma excelente equipa, jogou no ano passado no mesmo grupo que eu, com o Barcelona, Bayern Munique e Benfica. Para ganhar a esta equipa, tanto o Barcelona como o Bayern tiveram grandes dificuldades. O Dínamo não é uma equipazinha qualquer. Estou orgulhoso do que os meus jogadores fizeram hoje”, disse.

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Por último, o técnico português oi questionado sobre se a arbitragem havia contribuído para a eliminação do Fenerbahçe.

Não gosto muito de falar dos árbitros, nem quando ganho nem quando perco. Apesar de achar que o golo anulado ao Joshua King foi uma jogada normal, mas na expulsão do Ismael também foi rigoroso demais. O Ismael jogou primeiro a bola e não no jogador. É um jovem, é a primeira vez que está a jogar num jogo de Champions, não só ele como grande parte dos jogadores. Isto contra uma equipa que tem grande experiência na Champions. Estamos a jogar juntos há cinco meses. Na Champions não podes errar em pormenores e quando erras, normalmente, pagas caro“, concluiu.

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