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Golo do Benfica ao Casa Pia é legal? 2 penáltis por marcar para as águias?

Alegada falta de António Silva sobre Felippe Cardoso antes do golo do Benfica ao Casa Pia.

Os especialistas que dos diários desportivos O Jogo e A Bola procederam à análise do trabalho de Cláudio Pereira no Benfica-Casa Pia.

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O lance que suscitou mais dúvidas foi o golo do Benfica e os analistas do diário desportivo O Jogo foram unânimes. O tento de João Mário é precedido de falta de António Silva sobre Felippe Cardoso. Já Duarte Gomes discorda, justificando:

Muito importante entendermos técnica e cronologicamente a jogada que resultou no golo do Benfica. Primeiro: António Silva foi desequilibrado por Felippe Cardoso, que lhe puxou o braço esquerdo, fazendo com que o central ficasse fora do lance e virado para ele. Segundo: talvez pela frustração desse contacto, o defesa encarnado empurrou ostensivamente o adversário, derrubando-o. Terceiro: o árbitro não sancionou nenhuma das infrações. Quarto: a bola estava a ser jogada para trás e, nessa altura, recuou ao ponto de passar o próprio meio-campo da equipa da casa. Isso significa que o início da fase de ataque que resultou no golo de João Mário só começou depois, quando Otamendi pegou na bola e a passou para a frente (para Florentino). A intervir, o VAR só o poderia fazer a partir desse momento. Conclusão: golo legal da equipa encarnada. A ser assinalada antes alguma infração, teria que ser sempre a primeira, cometida pelo jogador dos gansos“.

Antes do golo, o Benfica quexiou-se de uma grande penalidade, aos 43 minutos, por falta sobre Rafa mas os ex-árbitros consideram não havia razões de queixa. Jorge Coroado vai mais longe e defende que Rafa deveria ter sido sancionado com o cartão amarelo por simulação.

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Sobre o lance entre Zolotic e Tengstedt todos consideram que não há motivo para grande penalidade, à exceção de José Leirós.

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Veja a análise abaixo.

A análise de Duarte Gomes

Cláudio Pereira, árbitro da AF Aveiro, deslocou-se até Lisboa para dirigir o SL Benfica/Casa Pia, que ontem se jogou no estádio da Luz.

Na sala de vídeo arbitragem esteve João Pinheiro, árbitro internacional da AF Braga, que desempenhou a função de vídeo árbitro.

Segue análise técnica dos lances mais relevantes do encontro:

19′ Infração difícil de ver em campo, mas que devia ter sido sancionada com advertência: Otamendi efetuou carrinho legal aos pés de Felippe Cardoso. Quando o fez, o avançado brasileiro levantou a sola da bota, atingindo a perna daquele com negligência. Pode até ter sido para se defender do tacle, mas o jogador do Casa Pia não mediu as consequências que a sua ação poderia ter para a integridade física do adversário.

34′ David Neres surgiu isolado na cara do guarda-redes adversário, depois de partir de posição legal. Esteve bem o árbitro assistente ao validar o lance.

41′ Primeiro cartão amarelo da partida bem mostrado a Zarrabazal, após rasteira negligente sobre Otamendi.

44′ Muito importante entendermos técnica e cronologicamente a jogada que resultou no golo do Benfica. Primeiro: António Silva foi desequilibrado por Felippe Cardoso, que lhe puxou o braço esquerdo, fazendo com que o central ficasse fora do lance e virado para ele. Segundo: talvez pela frustração desse contacto, o defesa encarnado empurrou ostensivamente o adversário, derrubando-o. Terceiro: o árbitro não sancionou nenhuma das infrações. Quarto: a bola estava a ser jogada para trás e, nessa altura, recuou ao ponto de passar o próprio meio-campo da equipa da casa. Isso significa que o início da fase de ataque que resultou no golo de João Mário só começou depois, quando Otamendi pegou na bola e a passou para a frente (para Florentino). A intervir, o VAR só o poderia fazer a partir desse momento. Conclusão: golo legal da equipa encarnada. A ser assinalada antes alguma infração, teria que ser sempre a primeira, cometida pelo jogador dos gansos.

52′ Jajá percebeu a imprudência evidente de Florentino (projetou-se em tackle para a sua frente na tentativa de disputar o lance) e não evitou o contacto. O certo é que o médio encarnado, dentro da sua área, teve abordagem faltosa ao lance, tocando na perna direita do adversário. Cometeu aí falta passível de pontapé de penálti. Cláudio Pereira estava perto, bem colocado e não hesitou. Decisão correta.

53′ Trubin tinha pelo menos parte do pé direito sobre a sua linha de baliza (ou atrás desta) quando Felippe Cardoso executou o pontapé de penálti. Esse posicionamento validou a defesa do guarda-redes ucraniano.

71′ Pablo rasteirou Rafa com alguma negligência e foi bem advertido.

73′ Entrada dura e negligente de Florentino (sobre Pablo) foi bem sancionada com cartão amarelo.

78′ Mukendi pisou o calcanhar de Rafa, cometendo ainda a chamada falta tática (antidesportiva). Devia ter sido advertido por essa infração.

81′ Golo de Larrazabal, após passe de Mukendi: o avançado espanhol partiu de posição legal, validada por Jurasek. Decisão acertada do árbitro assistente em lance rápido, que exigia boa colocação e muita concentração.

85′ Florentino cabeceou à barra, partindo de trás dos defesas adversários. Havia dois jogadores encarnados em posição de fora de jogo, que não interferiram no lance. Esteve bem o árbitro assistente ao validar jogada que terminou com falta de Tengstedt sobre Ricardo Batista.

90+4′ Tengstedt movimentou-se para trás, onde encontrou Zolotic, que colocou as duas mãos nas costas do dinamarquês. O contacto/toque existiu e foi claro, mas não pareceu de todo suficiente para provocar aquela queda. Nestes minutos finais, é natural que os jogadores que atacam “procurem” situações destas, no sentido de colherem o benefício maior: o pontapé de penálti. Não foi o caso. Esteve mais uma vez bem a equipa de arbitragem ao nada assinalar.

Nota – 7

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