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Conceição sobre Wendell: “Queria jogadores de nível de seleções mas…”

Sérgio Conceição em antevisão de um jogo do FC Porto

Na conferência de imprensa de antevisão ao Marítimo-FC Porto, Sérgio Conceição alertou para as dificuldades que os dragões irão enfrentar na visita à Madeira.

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O técnico dos dragões chamou a atenção para o mau relvado do Estádio dos Barreiros, que será mais um obstáculo a enfrentar.

“Perspetivamos um jogo competitivo, difícil, contra uma equipa que tem estado e tem cimentado a posição na 1ª Liga de forma confortável, com jogadores interessantes, um treinador muito apaixonado pelo que faz e que tem feito bons trabalhos nas equipas que tem representado em Portugal. Dentro daquilo que são os jogos do campeonato português, sempre com essa particularidade de jogar na Madeira, onde temos encontrado um relvado que não é fácil, e que teve a nota mais baixa dada pela Liga, isso vai ser outro adversário. Podem acontecer maus jogos em bons relvados, mas grandes jogos em maus relvados duvido mais“, afirmou.

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Conceição reagiu ainda à chegada de Wendell, garantindo que o jogador estava no radar dos azuis e brancos há já um mês. Contudo o técnico confessa que gostaria de contar com um jogador ao nível de seleção.

“Eu não reclamei de nada. Isto não é o Futebol Clube Sérgio Conceição, é o Futebol Clube do Porto. Aquilo que posso pedir é o ajuste do nosso plantel. Não vêm para jogar no meu quintal, vêm para jogar no clube. O jogador é jogador do FC Porto e eu queria contar com jogadores do nível de seleções, mas temos a nossa realidade dentro daquilo que eram as duas ou três opções que tínhamos. Este jogador, por sinal, já tinha sido falado e discutido há mais de um mês.

Nós tínhamos um lateral de raiz que era o Zaidu. Estamos inseridos nas competições internas, e nas europeias, e precisamos de ter um grupo. Duas soluções por posição é o que todos os treinadores querem e desejam. O Wendell vem para aqui nesse sentido. Não assinou contrato para ser titular, assinou para trabalhar, e para conseguir ganhar confiança do treinador para poder jogar. Não vem porque há um trabalho a fazer com ele, parece-nos que não foi tão intenso nos treinos e precisa de treinar e de se preparar da melhor maneira para estar disponível frente ao Arouca”, referiu.

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Conceição aproveitou ainda para reagir às críticas de que Zaidu foi alvo nas redes sociais, após o erro na partida com o Famalicão.

Falo com todos os jogadores. Toda a gente está disponível. Temos duas vitórias, fizemos uma boa pré-época, toda a gente está consciente do trabalho diário que há a fazer para eu depois escolher o melhor onze, e isso é que é importante. Todos estão conscientes da exigência do clube, da minha, e daquilo que é representar o FC Porto”, disse.

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Por último o treinador portista foi questionado se este seria o campeonato mais difícil que iria enfrentar, tendo em conta que irá entrar no 5º ano à frente do FC Porto.

Depois do terceiro ano, alguém me dizia que ainda devia um campeonato ao FC Porto. Aproveito para dar os parabéns às equipas portuguesas que tiveram uma prestação muito digna na Europa e desejar sorte para a segunda mão. Todos os campeonatos têm a sua dificuldade. No meu primeiro ano, estivemos sob alçada do fair play financeiro, mas não é só connosco, é geral. Se olharem para o que tem sido o trajeto do FC Porto, tem sido sempre acima dos 80 pontos no campeonato, a nossa média de vitórias e sucesso é muitíssimo grande, ao nível dos anos fantásticos do clube. E falo também nas taças, tivemos sempre na final-four da Taça da Liga, ganhámos a Taça de Portugal, estamos sempre até ao final, e mesmo na Liga dos Campeões, ser competitivos da forma que nós fomos, dignifica muito o futebol português, não só o FC Porto. Temos sido o porta estandarte de Portugal na Europa. Não fico satisfeito porque queria ganhar quatro em quatro, mas sabemos que é muito difícil, principalmente na Europa, exatamente pela diferença de orçamentos. Demos o máximo por todos, e também tivemos rivais à altura e que fizeram bons campeonatos, mas o saldo é positivo. Este, vai depender muito de nós“, concluiu.

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