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Caso dos emails: A afirmação sobre Pedro Guerra que arrancou risos em tribunal

Pedro Guerra, comentador afeto ao Benfica da CMTV

Carlos Deus Pereira surgiu na segunda sessão do julgamento do caso da divulgação dos emails do Benfica, na condição de presidente da Mesa da Assembleia Geral dos encarnados, cargo que já não ocupa.

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O antigo dirigente, recorde-se, foi acusado por Francisco J. Marques de monitorizar as mensagens de Fernando Gomes, presidente da Federação Portuguesa de Futebol.

Questionado sobre se considerava os jornalistas imparciais, nomeadamente Pedro Guerra, Carlos Deus Pereira protagonizou um comentário que motivou os risos dos advogados de defesa.

É um jornalista não ligado ao Benfica. Trabalhava na BTV, no Correio da Manhã ou na TVI também era comentador residente. Eu relacionava-me com jornalistas que à data comentavam os assuntos que me diziam respeito. A BTV é uma televisão ligada ao Benfica, mas tem a isenção que qualquer jornalista deve ter“, explicou.

Carlos Deus Pereira viu serem divulgados no Porto Canal emails em que prometia divulgar documentos a Pedro Guerra, numa altura em que discutiam “a centralização dos direitos televisivos”.

Tinha o direito de me defender dos ataques de que era objeto. Há um hiato temporal em que decido a marcação das AG’s. Os clubes são conhecedores do que se está a passar. Até à marcação da AG há espaço a que muito aconteça nos meios de comunicação social. Eu produzo informação para que informação seja correta. Estava a produzir esclarecimentos da verdade da situação. Para se alertar sobre o sistema viciado, assente na corrupção, as coisas são difíceis de se passar. Hoje, os clubes recebem 3 ou 4 milhões de direitos televisivos por causa dessa altura, porque alguém teve coragem. O que paguei foi sair do futebol e nunca mais lá voltar. Não recebi nem um táxi, nem um avião enquanto presidente da MAG”, referiu.

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Carlos Deus Pereira foi ainda confrontado com um email que enviou a Pedro Guerra com uma série de ficheiros, nos quais se encontrava uma mensagem enviada por Fernando Gomes, presidente da FPF, a Tiago Craveiro, antigo diretor-geral da FPF, onde se lia: “Tens de me acompanhar à presidência da FPF, quanto mais não seja pelo amor ao azul e branco“.

Eu recebi um email de um profissional da comunicação chamado João Tocha. Na altura, eu era presidente da AG da Liga e em 2014 ele enviou-me um email, onde se replicava um SMS enviado pelo candidato à presidência do FPF, Fernando Gomes, com o diretor Tiago Craveiro“, afirmou.

Carlos Deus Pereira reencaminhou então a informação para outros jornalistas.

Na altura, ele enviou-me aquilo e achei inadmissível. Reportei isso, falei com vários jornalistas. Rui Santos foi um desses jornalistas, tal como o Pedro Guerra. Portanto, o email não tinha só essa frase. O email era mais extenso. O que aparecia na televisão tinha apenas uma parte do email total que me foi enviado pelo João Tocha. Quando soube fiquei chocado e quis saber se esse facto que me foi enviado no email aconteceu em 2012. Queria saber se os jornalistas que tratavam destes assuntos diariamente sabiam da situação. É que é uma situação anómala”, concluiu.

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