A Amazon Prime estava disposta a pagar mais de 10 milhões de libras (cerca de 11,6 milhões de euros) para produzir um documentário sobre a nova temporada do Manchester United. Um negócio aparentemente tentador e com negociações em curso há meses… até à chegada de Rúben Amorim.
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Segundo o conceituado The Athletic, foi o treinador português quem travou o avanço do projeto, ao deixar bem claro que não se sentia confortável com a presença constante de câmaras nos bastidores da equipa principal. Amorim terá alegado que num momento tão delicado do clube, com mudanças estruturais, instabilidade nos resultados e pressão interna, a última coisa que o plantel precisava era de mais uma distração.
Amorim foi firme… e a direção cedeu
A proposta envolvia a produção de uma série documental nos moldes de All or Nothing, que já retratou equipas como o Manchester City, Arsenal ou Juventus. O objetivo passava por acompanhar a temporada do United por dentro — treinos, balneário, viagens e decisões da estrutura.
As negociações chegaram mesmo aos dirigentes de topo de Old Trafford e o CEO Omar Berrada estaria inclinado a aceitar, sobretudo pela componente financeira. Com os red devils a tentarem equilibrar contas e cumprir com as regras do fair-play financeiro, um encaixe imediato de 10 milhões de libras seria mais do que bem-vindo.
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No entanto, o peso da palavra de Rúben Amorim revelou-se decisivo. O técnico, conhecido pelo seu perfil reservado e foco total no grupo de trabalho, não quis correr riscos de ver o seu balneário transformado num palco televisivo. O The Athletic garante que, perante esta posição, a direcção do clube respeitou a decisão do treinador e fechou a porta ao projeto.
Ambiente ainda frágil em Old Trafford
A decisão revela também a leitura interna sobre o atual momento do clube: há receio de expor ainda mais os problemas do United. A época passada foi marcada por instabilidade, protestos de adeptos, dúvidas sobre a liderança de Ten Hag (entretanto confirmado para continuar) e reformulação do organigrama com a entrada de Sir Jim Ratcliffe e a INEOS.
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A chegada de Amorim chegou a ser muito falada no início da reestruturação, mas acabou por não se concretizar. Mesmo sem ser treinador do United, a sua postura acabou por influenciar diretamente a estratégia de comunicação e marketing do clube.