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Vítor Bruno: Do ‘caso mal parado’ à coroa que ninguém lhe deu

Vítor Bruno, novo treinador do FC Porto.

Após conduzir o FC Porto a uma reviravolta épica e à conquista da Supertaça diante do Sporting, Vítor Bruno confessa que viu “o caso mal parado”, perante a vantagem de 3-0 dos leões ao cabo de 25 minutos.

Pela forma como o jogo se desenrolou, para ser honesto, vi o caso muito mal parado. Os primeiros 8-10 minutos estivemos bem, a condicionar a forma de jogar do Sporting, temos uma oportunidade do Danny. Mas depois sofremos o 1 e o 2-0 e senti que a equipa estivesse à deriva. Talvez faltou alguma ajuda da minha parte de fora, a acalmá-los e a ajudá-los. Fazem o 3-0 e penso que quando fazemos o 3-1 ajudou. O intervalo ajudou a alavancar aquilo que é muito nosso. A entrada na segunda parte é muito forte. Deu uma mensagem muito forte ao treinador para contar com toda a gente. Prolongamento foi sofrer, fazer o 4-3 logo a abrir, com alguma felicidade, temos de assumir, e depois agarrámo-nos à massa. Foi na base do sacrifício e do estoicismo. No final conseguimos levar aquilo que queríamos para o Dragão”, afirmou.

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As alterações que o técnico dos dragões promoveu na 2ª parte tiveram efeito forte, permitindo o empate a três bolas. Mas Vítor Bruno procurou lembrar que nem sempre vai acertar.

Hoje deu certo, agora há dias em que não vai correr bem. É a vida de treinador. Há dias que corre assim. Ninguém é genial. Haverão certamente dias em que me vão crucificar pelas alterações que vou fazer. O resultado acaba por culminar naquilo que foi o desenlace final. O Sporting é um rival fortíssimo, temos um longo caminho pela frente ainda. Temos muito compromisso e isso não pode nos faltar”, referiu.

O treinador do FC Porto foi questionado sobre o discurso que proferiu ao intervalo no balneário, referindo-se à reviravolta do Liverpool diante do AC Milan, na final da Liga dos Campeões de 2005. Foi Martim Fernandes que fez esta revelação, o que levou Vítor Bruno a deixar um pequeno puxão de orelhas.

Eles [os jogadores] falam muito, não podem dizer tanto, têm de se reservar mais e ser resguardados. Veio-me à memória porque foi uma final que assisti e que me marcou muito. E foi um desafio. Não podíamos ter receio. Fazendo o 3-2 o jogo podia abrir novamente e depois, com todo o motor que vem de fora, podíamos alavancar para algo épico. E foi assim que aconteceu”, disse.

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Recordado da forma polémica como se separou de Sérgio Conceição, depois de 13 anos como seu adjunto, Vítor Bruno explicou a quem dedica a conquista do seu primeiro título como treinador dos dragões.

Houve muitas coisas que me magoaram e que me doeram. Para mim é um capítulo encerrado. Os jogadores têm sido fantásticos. Acredito que hoje tivesse ficado alguma dúvida nos adeptos com o 3-0. É nesse momento que vamos buscar e agarrar aquilo que temos dentro de nós. Não é por estar neste cargo que sou diferente daquele que era. Ninguém me deu uma coroa. Neste clube temos de acreditar que aquilo que é impossível é possível”, concluiu.

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