Muitos são os atletas e ex-atletas que decidiram pegar nas armas e defender a Ucrânia da invasão russa. Foi o caso de Oleg Luzhny, antigo jogador que, na década de 1990, chegou a treinar no Benfica. No entanto acabaria por não assinar contrato.
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Depois da curta experiência no Benfica, assinou pelo Arsenal em 1999, onde esteve quatro temporadas e sagrou-se campeão.
Em declarações ao jornal britânico Mirror, explicou os efeitos da guerra no seu país.
“Cidades inteiras estão a ser bombardeadas e destruídas. O Patrick Vieira e o Gilles Grimandi estão muito preocupados e ofereceram-me apoio. Como todos os ucranianos devotos, estou na Ucrânia com as nossas gentes a defender a nossa terra. Juntei-me à Força Territorial de Defesa. A situação é muito tensa, as sirenes soam três ou quatro vezes por dia, às vezes à noite. As pessoas têm de ir para os abrigos, incluindo mulheres com crianças muito pequenas, que não entendem o que está a acontecer, estão aterrorizados“, contou.
Apesar das dificuldades, Luzhny assegura que o povo ucraniano está unido.
“Cidades inteiras estão a ser bombardeadas e destruídas, as pessoas estão sem gás, sem eletricidade, sem água e comida. Mas a nossa nação está unida como nunca antes aconteceu. Não vamos desistir, toda a gente tenta ajudar da melhor forma possível”, referiu.
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O ex-jogador diz apoiar todas as sanções à Rússia e apela às figuras ligadas ao desporto russo para que intervenham para tentar acabar com a guerra.
“Eu apoio todas as sanções. Quando as pessoas elegem um presidente isso traz responsabilidades relativamente às ações do presidente eleito. Se se mantiverem em silêncio, isso significa que apoiam o que está a acontecer: a invasão de um país pacífico. O desporto da Rússia pode e deve falar com o seu presidente no sentido de parar a guerra. Bombardear pessoas pacíficas, que não fizeram qualquer mal à Rússia, no século XXI? Isto vai para além da razão”, afirmou.
Luzhny considera que o povo ucraniano não está apenas a defender o seu país, mas também a Europa.
“O que os russos estão a fazer é uma grande ameaça, não só para a Ucrânia, para o exército ucraniano, os nossos heróis. Nós estamos a proteger toda a Europa. Estou agradecido aos meus antigos companheiros de equipa, que me apoiam. Estou extremamente agradecido e orgulhoso dos nossos soldados, que nos protegem. Estou agradecido ao nosso presidente, Volodymyr Zelensky, que defende de forma tão devota a Ucrânia e as nossas gentes“, concluiu.
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