Na conferência de imprensa de antevisão ao jogo com o Estoril, Roger Schmidt chamou para as dificuldades que o Benfica vai encontrar no António Coimbra da Mota.
“Espero o que espero sempre em jogos fora de casa, um jogo difícil. O Estoril joga melhor do que o lugar que ocupa na tabela. Já mostraram que jogam bom futebol, que conseguem marcar golos. Têm muitos jogadores novos, um treinador novo, e acho que se vão preparar muito bem. Mas também sabemos da nossa qualidade, é um jogo muito importante para nós antes da pausa para as seleções”, afirmou.
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O treinador encarnado aproveitou ainda para congratular a chamada de João Neves à Seleção Nacional.
“Ele está sempre contente, até quando não é chamado. Quando toca na bola e calça as chuteiras, está sempre satisfeito. Claro que ser chamado à Seleção é uma grande honra para ele. Ainda não falámos, mas estou muito feliz por ele. Portugal é uma das melhores seleções da Europa. Também estou muito satisfeito por António Silva lá estar. É bom para o Benfica, porque temos dois atletas nesse grupo. São jogadores que assumem muita responsabilidade e que estão sempre muito focados no trabalho que fazem, no trabalho coletivo, e que são muito humildes. Isso é algo que acaba por ser determinante”, referiu.
Schmidt foi também questionado sobre Arthur Cabral que, ao cabo de sete jogos, ainda não se estreou a marcar pelas águias.
“Fisicamente está bem. Não é fácil adaptar-se rapidamente à equipa, ao estilo de jogo. Ainda precisa de algum tempo e temos de continuar a tentar integrá-lo. Tem de perceber todas as tarefas que tem dentro de campo, com bola, sem bola. Estava mais habituado a ser um avançado um bocadinho mais isolado na frente e agora tem mais jogadores à volta dele, tem que haver mais envolvimento nas combinações com os companheiros. É algo que pode demorar algum tempo, mas estamos a ter sucesso e já fizemos muitos jogos esta temporada. Perdemos alguns, é certo, mas a equipa está num nível bom”, disse.
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Schmidt aproveitou ainda para responder às críticas que tem ouvido por rodar demasiado a equipa, contrastando com o que ouvia na época passada, em que era acusado de não mexer na equipa.
“Não há uma regra de ouro sobre essa questão da mudança. Tem de se ajustar quando é necessário. A equipa ainda não está num nível de topo, o nosso jogo ainda não está perfeito. Acho que estamos a ter algumas dificuldades em manter o ritmo durante os 90 minutos, e é algo que precisamos de melhorar. Há momentos em que a equipa demonstra grande capacidade de criar oportunidades e em outras ocasiões perdemos um bocadinho o foco. Temos de trabalhar essa intensidade. Claro que quando os jogadores estão muito bem, não há necessidade de ajustar tanto. Os ajustes também estão relacionados ao que acontece nos treinos. A equipa não tem um 11 definido, e é por isso que as mudanças vão acontecendo“, explicou.
O treinador do Benfica foi ainda confrontado com o facto de a equipa ter somado quatro derrotas na época passada, contrastando com as três que já leva neste início de época.
“É um facto, sim. Vai ser sempre difícil fazer melhor do que aquilo que fizemos na temporada passada. Jogámos os quartos de final da Liga dos Campeões, marcámos quase 40 golos e fazer isso novamente é muito difícil. Perdemos também alguns jogadores importantes, contratámos outros, e a equipa regressar a esse nível de consistência é algo que demora. Vai ser difícil a equipa ter esse mesmo desempenho nas próximas temporadas”, frisou.
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Por último, confirmou as ausências de Bah e Di Maria para o jogo com o Estoril.
“Não, amanhã estão fora. Mas são lesões sem gravidade, esperamos que possam regressar em breve aos treinos“, concluiu.
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