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Ronaldo puxa dos galões: “Não tenho de dizer que sou muito bom, os números estão aí”

Cristiano Ronaldo no primeiro jogo do regresso ao Manchester United

Cristiano Ronaldo concedeu uma entrevista à DAZN, onde abordou este regresso ao Manchester United e a sua capacidade para se manter ao mais alto nível aos 37 anos.

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O craque português começa por destacar a sua evolução pessoal e profissional desde que partiu do Sporting com 18 anos para Inglaterra até agora.

Deixar o Sporting e vir para o Manchester United foi a grande mudança da minha vida. E agora voltar aqui com 36 anos foi também um momento muito bonito na minha vida, sendo já pai de família, com muitos filhos, conquistar o que já conquistei no futebol, demonstrado tudo o que já demonstrei e criado uma página na história do futebol“, afirmou.

O regresso aos red devils foi também motivado por uma vontade de provar a si mesmo de que ainda consegue jogar num nível elevado.

“Mas, à parte de tudo isto, o que eu queria era chegar e demonstrar a mim mesmo que era capaz de jogar a um nível alto. Creio que não defraudei as expectativas, porque as pessoas estavam à espera de um Cristiano diferente e não, saiu ao contrário. Cheguei bem, marcando golos, principalmente na Liga dos Campeões, que marquei em todos os jogos. Sinto-me bem, foi uma mudança bonita regressar a casa tantos anos depois. Para mim, foi um orgulho e uma satisfação enorme”, referiu.

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O segredo, diz Ronaldo, é cuidar-se a nível físico e, sobretudo, mental.

“Sigo com o meu caminho, trabalhando diariamente, a tentar todavia melhorar em alguns aspetos, a cuidar-me também, que é muito importante, tanto a nível físico como mental, porque no futebol é uma idade… Antes não disputavam tantos jogos como agora disputamos. Eu já passei a marca dos 1000 jogos, é um número muito alto, mas tal como te disse antes, há que cuidar, continuar a trabalhar e com o pensamento de que ainda posso dar mais. Continuo a sentir-me bem, o que é muito importante. E continuo a desfrutar, algo que também é igualmente importante. Tens que ser inteligente e saber que tu com 18, 20 ou 25 anos não és igual que com 35. E essa maturidade, a experiência, a inteligência de entender que perdes algumas coisas para ganhares outras e ter o equilíbrio certo para continuar a competir e estar ao mais alto nível“, salientou.

No entanto, o internacional luso reconhece que não é nada fácil e que não está ao alcance de todos.

Isto não é fácil, mas para mim parece, porque demonstro ano após ano que os números falam por si mesmo. Eu não tenho que dizer-te que sou muito bom, porque os números estão aí. Os feitos são isso mesmo, tudo o resto não importa para nada. Por isso é que eu estou muito contente com a minha forma, continuo a marcar golos, a ajudar as equipas, tanto na seleção como no Manchester United, e quero continuar assim”, disse.

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Uma coisa que Ronaldo perdeu com a idade é a ambição pela conquista de mais títulos.

É difícil dizer-te que não quero mais, porque se estou num clube que me dá a oportunidade de poder ganhar mais coisas, por que não? E na seleção também. Sei que não me faltam muitos anos mais a jogar, quatro ou cinco mais, veremos, mas quero ganhar mais coisas. O sacrifício que faço todos os anos, todas as temporadas, semanalmente, mensalmente, dia a dia, tem que ter a sua recompensa no final de tudo, porque senão saberia a pouco. Mas essa é a minha motivação. Trabalhar, mas pensar que no final vou conquistar algo importante, um título, um prémio…”, afirmou.

Fazendo uma retrospetiva daquilo que tem sido a sua carreira, o astro português não podia estar mais satisfeito.

A minha vida foi uma viagem muito bonita. Deixei uma marca em todos os lugares por onde passei. Acredito que não há jogador na história que possa ter esse orgulho de dizer que por onde passou deixou uma marca, e isso me deixa feliz“, concluiu.

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