O Botafogo vive um período turbulento no Brasileirão, com uma série de reviravoltas que culminaram na perda de uma vantagem significativa na liderança. Este cenário, marcado por derrotas surpreendentes e mudanças constantes no comando técnico, parece confirmar uma antiga maldição que assombra o clube, imortalizada pela frase “há coisas que só acontecem ao Botafogo“, proferida pelo jornalista Paulo Mendes Campos em 1957.
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O clube carioca, que já liderou o campeonato em 31 das 35 jornadas disputadas, teve cinco treinadores diferentes nesta temporada, uma situação incomum até mesmo para os padrões do futebol brasileiro. Curiosamente, o primeiro desses técnicos, Luís Castro, deixou o clube após ser contratado pelo Al-Nassr, a pedido de Cristiano Ronaldo, o que gerou descontentamento entre os adeptos do Botafogo.
A primeira metade do Brasileirão foi histórica para o Botafogo, que chegou a liderar com uma vantagem confortável sobre rivais como Palmeiras e Flamengo. Contudo, a segunda metade da temporada tem sido marcada por instabilidade e maus resultados, culminando em derrotas dramáticas e uma queda acentuada na tabela de classificação.
As inovações táticas do treinador Bruno Lage, que sucedeu a Castro, não foram bem recebidas, e a decisão de deixar o ponta-de-lança Tiquinho, um dos astros da equipa, no banco em jogos cruciais, desencadeou uma onda de indignação entre os adeptos. A instabilidade no comando técnico continuou com a promoção e posterior demissão de Lúcio Flávio, seguida pela chegada de Tiago Nunes.
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Além das mudanças na comissão técnica, o Botafogo enfrenta problemas dentro de campo. Jogadores como Lucas Perri, Adryelson, Marlon Freitas, Eduardo e Tiquinho, que antes eram vistos como potenciais convocados para a seleção brasileira, enfrentam agora um momento de baixa forma. A falta de liderança no plantel, somada à pressão de ser o único grande clube brasileiro sem títulos nacionais ou internacionais no século, tem pesado sobre os jogadores.
O colunista Paulo Vinícius Coelho, do UOL, ressalta que a combinação de excesso de treinadores, falta de liderança em campo, pressão histórica e a peculiar “maldição” do Botafogo são fatores cruciais na crise atual do clube. Apesar deste cenário desafiador, resta a esperança de que o Botafogo possa reverter a situação, tal como aconteceu em 1957, quando, após um período difícil, conseguiu sagrar-se campeão carioca.
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