A polícia colombiana anunciou hoje a detenção de quatro indivíduos suspeitos de envolvimento no sequestro do pai do futebolista Luis Díaz, jogador do Liverpool. O rapto, que ocorreu no dia 28 de outubro, gerou grande preocupação e mobilizou intensamente as autoridades locais.
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Os detidos, encontrados com duas armas de fogo, foram capturados nas cidades de Maicao e Barrancas, ambas situadas perto da fronteira com a Venezuela. Foi em Barrancas que Luis Manuel Díaz, pai do atleta, foi sequestrado, juntamente com a sua esposa, que foi libertada algumas horas depois no mesmo dia.
Segundo a polícia colombiana, os suspeitos são membros de uma organização criminosa denominada ‘Los Primos’. Ainda não foi esclarecida a relação deste grupo com o Exército de Libertação Nacional (ELN), uma guerrilha armada que opera na Colômbia.
O ELN, que está atualmente em negociações de paz com o governo colombiano, foi responsável pelo rapto dos pais de Luis Díaz. A mãe do jogador foi libertada no mesmo dia, enquanto o pai permaneceu em cativeiro, levando a uma grande operação de busca que envolveu mais de 250 polícias e militares.
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O incidente ameaçou o processo de paz em curso na Colômbia e o cessar-fogo que está em vigor desde 3 de agosto. O presidente colombiano, Gustavo Petro, expressou que o sequestro “rompia a confiança” entre o governo e o ELN. Por sua vez, António Garcia, comandante militar do ELN, reconheceu que o rapto foi “um erro”.
Este caso insere-se num contexto mais amplo de violência e sequestros na Colômbia, onde o rapto tem sido uma prática recorrente ao longo das últimas seis décadas de conflito civil. De acordo com fontes oficiais, o ELN realizou cerca de 30 sequestros entre janeiro e setembro deste ano.
A situação de Luis Manuel Díaz e a sua subsequente libertação trouxeram alívio, mas também destacaram os desafios contínuos enfrentados na busca pela ‘paz total’ na Colômbia, um objetivo do presidente Petro que visa desarmar todos os grupos ilegais no país.
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