No contexto da intensa corrida eleitoral que se vive no FC Porto, Pinto da Costa, figura emblemática e atual presidente do clube, pronunciou-se de forma contundente sobre o apoio manifestado por Cecília Pedroto, viúva de José Maria Pedroto, a André Villas-Boas, um dos candidatos à presidência do clube.
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Durante um evento na Casa do FC Porto em Vila Nova de Famalicão, Pinto da Costa foi questionado sobre o endosso de Cecília Pedroto a Villas-Boas. Sem rodeios, o presidente do clube expressou desinteresse pelas “viúvas das pessoas que foram importantes no FC Porto”, sublinhando a sua preferência pelo voto dos “portistas anónimos”. Apesar da frieza das palavras, fez questão de sublinhar o respeito e a amizade fraterna que o ligava a José Maria Pedroto, destacando momentos de proximidade pessoal partilhados com a família do antigo treinador.
No entanto, não deixou de expressar estranheza pela recente associação de Cecília Pedroto ao clube, referindo que tanto ela como a filha apenas se tornaram sócias do FC Porto há cerca de um ano. Pinto da Costa teceu ainda comentários sobre a possível influência de interesses familiares na campanha de Villas-Boas, sem, contudo, elaborar em detalhes.
“A mim não me interessam as viúvas das pessoas que foram importantes no FC Porto. Interessa-me o voto dos portistas anónimos. Gostaria de não me alongar muito por respeito ao Pedroto. Tivemos amizade fraterna e tenho respeito por toda a família. A viúva entregou-me o relógio que ele usava a pedido dele. Até há pouco tempo estava sempre presente. Resolveu mudar. Mas há uma curiosidade: a senhora é nova e é sócia do FC Porto há um ano. Só em março é que ela e a filha se lembraram de que o FC Porto era o clube delas. Respeito os interesses de todos, compreendo que o filho do saudoso Pedroto também esteja lá metido, depois ver-se-á porquê. Cada um toma as opções conforme a consciência. Uns de forma mais azul, outros mais de branco e outros mais vermelhos“, afirmou.
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Pinto da Costa destacou a eternidade da sua ligação ao FC Porto, independentemente do resultado das eleições marcadas para 27 de abril, numa clara farpa a Villas-Boas, que que não se apresentará a futuros sufrágios, caso não saia vencedor neste.
“Eu sou o responsável pelo que digo, pelas minhas convicções e a minha ligação ao FC Porto não tem anos. É e será eterna“, atirou.
Num apelo final ao voto, Pinto da Costa invocou a postura de diversos órgãos de comunicação social, insinuando uma certa hostilidade ou falta de apoio à sua candidatura. Questionou, de forma retórica, as razões por trás das preferências editoriais de conhecidos meios de comunicação, sugerindo aos adeptos que reflitam sobre estas questões antes de tomarem a sua decisão nas urnas.
“Peço-vos que votem. E antes de votarem, pensem: quem é que o Record apoia? Quem é que A Bola apoia? Quem é que o Correio da Manhã apanha? Quem é que a TVI apoia? E depois pensem porque será que não me apoiam e mim e tentam deitar abaixo“, concluiu.
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Este episódio insere-se numa saga eleitoral que tem capturado a atenção dos adeptos portistas, num momento em que o clube se encontra numa encruzilhada crucial para o seu futuro. A tensão entre tradição e renovação, simbolizada nas figuras de Pinto da Costa e Villas-Boas, promete manter o universo azul e branco em suspense até ao último momento.
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