Os especialistas dos diários desportivos Record, A Bola e da rádio Observador, analisaram a arbitragem de Manuel Oliveira no Boavista–FC Porto.
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Aos 38 minutos, os dragões ficaram a queixar-se de uma grande penalidade por marcar, por falta de Abascal sobre Eustáquio. Um lance que reúne unanimidade entre os especialistas, que consideram que que deveria ter sido assinalado penálti.
Aos 52 minutos, foi a vez dos axadrezados reclamarem grande penalidade, por mão na bola de Wendel, a remate de Peris. Duarte Gomes e Pedro Henrique não tem dúvidas de que ficou por assinalar um penálti contra os azuis e brancos.
Aos 82 minutos, Pedro Malheiro tem uma entrada negligente sobre Nico González, que os especialistas defendem que deveria ter sido sancionado com o segundo amarelo e consequente expulsão.
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Quanto à expulsão de Ibrahima, aos 88 minutos, também é unânime entre os especialistas, que consideram a decisão acertada.
Veja abaixo as análises completas.
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A análise de Pedro Henriques
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A análise de Duarte Gomes
Manuel Oliveira dirigiu o Boavista-FC Porto de ontem. O portuense teve pela frente jogo difícil, com vários lances complicados e comportamentos nem sempre adequados.
Segue a análise dos lances mais relevantes:
19′ Braço esquerdo de João Mário atingiu o rosto de Morais. O árbitro sancionou corretamente a infração, faltando o amarelo pela negligência do infrator.
27′ Golo do Boavista nasceu na sequência de infração (de Grujic sobre Reisinho) bem assinalada por Manuel Oliveira.
35′ Makouta entrou de forma intempestiva sobre Grujic, tendo encolhido as pernas antes do contacto. Aceita-se a leitura de que foi apenas imprudente.
39′ Eustáquio teve fairplay na reação, mas as imagens foram claras: Abascal usou a mão direita para empurrar o canadiano. A infração, desnecessária (o adversário estava de costas para a sua baliza), não foi detetada em campo, talvez pelo facto de Manuel Oliveira estar nas costas do defesa uruguaio. O certo é que a carga foi visível, tal como foi a sua consequência e desinteresse do boavisteiro em disputar o lance. Ficou por assinalar pontapé de penálti favorável ao FC Porto.
42′ Pedro Malheiro rasteirou Pepê de forma antidesportiva e viu com justiça o cartão amarelo.
43′ Evanilson, no relvado, procurou a posse de bola que teimava em escapar após intervenção de Sasso. Quando o jogador do Porto rodopiou o corpo procurando o esférico, Seba, que estava de pé, fez exatamente o mesmo. Nessa disputa houve contacto pé no pé, mas sem imprudência. Lance bem avaliado na área boavisteira.
52′ Bola rematada por Seba foi tocada por Wendell, saindo depois pela sua linha de baliza. Manuel Oliveira não viu esse toque (prova disso foi ter indicado pontapé de baliza), mas a verdade é que o jogador brasileiro, ao rodar o corpo, deixou o braço fora da zona de proteção, ganhando volumetria e desviando a trajetória da bola com a mão esquerda. A abordagem imprudente do brasileiro teve benefício, porque alterou o sentido do remate. A infração, quase impossível de ver em campo, devia ter sido sancionada com pontapé de penálti.
62′ Luís Santos foi bem advertido após abordagem negligente sobre Wendell.
65′ Grujic foi mais forte, encostando o corpo lateralmente ao de Bozenik para ganhar bola na sua área. O contacto foi legal.
82′ Pedro Malheiro fez nova infração após a advertência (a anterior tinha sido aos 51′), mas neste caso justificou mesmo o segundo amarelo: o boavisteiro atingiu, com a sola da bota, a perna de Nico González, cometendo infração negligente.
84′ Pepê atingiu inadvertidamente o olho de Berna. Não houve imprudência, o toque foi acidental. Antes, Pedro Malheiro tinha cometido nova infração.
88′ Vukotic viu bem o amarelo após infração negligente sobre Pepê. A partir daí, alguns jogadores tiveram condutas irrefletidas, que resultaram na expulsão de Ibraima (atingiu com o braço o rosto de Pepê) e na advertência do próprio Pepê, que aparentemente nada fez para ser sancionado. Nessa confusão, pelo menos Galeno, Iván Jaime e Berna não ficaram nada bem na fotografia.
90+10′ Remate de Pepe contra o braço direito de Malheiro, que estava colado ao corpo e em posição defensiva. Lance legal na área do Boavista.
Nota 3: Noite muito difícil de Manuel Oliveira.
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