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Penálti por marcar em Alvalade? Golo da vitória do Sporting diante do Estrela é legal?

Lance entre Daniel Bragança e Gaspar no Sporting-Estrela da Amadora.

Os especialistas dos diários desportivos O Jogo e A Bola e da rádio Observador analisaram o trabalho do árbitro André Narciso no Sporting-Estrela da Amadora.

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Logo aos oito minutos, o lance que gerou dúvidas foi a possível grande penalidade a favor dos leões, no lance entre Daniel Bragança e Gaspar. Quase todos os especialistas consideram que ficou por marcar um penálti a favor do Sporting, exceto Duarte Gomes, que considera que é Bragança que leva a mão do adversário ao rosto de forma caricata.

Já sobre o lance golo da vitória leonina, Duarte Gomes volta a ser o único a apontar uma irregularidade, nomeadamente uma carga de Diomande sobre André Luíz.

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Veja abaixo as análises completas.

A análise de Pedro Henriques

A análise de Duarte Gomes

8′ A disputa de bola entre Gaspar e Daniel Bragança chamou à memória lance ocorrido no dia anterior, em Chaves. Importa por isso esclarecer as diferenças técnicas entre ambos. Primeiro o óbvio: a mão do defesa tocou, de facto, no rosto do adversário. Agora o resto: Daniel Bragança tentou passar entre dois adversários, estando lado a lado com Gaspar (não atrás dele) e a disputar ativamente o lance; ao contrário do que aconteceu na véspera, o jogador do Estrela não tinha a posse de bola garantida, estava a tentar conquista-la, usando corpo e braços nesse sentido; por fim, o contacto no rosto aconteceu de forma quase caricata, uma vez que foi o braço esquerdo do avançado do Sporting que, na sua movimentação de corrida, levantou inadvertidamente o do adversário até essa zona. Estes fatores são de algum modo desagravantes e permitem, no limite, aceitar a abordagem do angolano como legal. Isso não invalida o risco alto que o jogador correu dentro da sua própria área.

9′ Jean Filipe colocou o pé esquerdo na direção da bola, sendo tocado depois pelo também direito de Matheus Reis, que estava atrás mas tentou disputar o lance. O defesa do Sporting caiu por ação da jogada, porque em nenhum momento sofreu falta passível de pontapé de penálti. Esteve bem o árbitro ao nada assinalar.

27′ Bola alta pingou no braço direito de João Reis, sem que este fizesse qualquer movimento ilegal ou tivesse os braços em posição anormal/evitável. Boa decisão do árbitro ao não sancionar o toque como irregular.

33′ Golo legal de Daniel Bragança, a culminar assistência da esquerda de Gyokeres.

48′ Decisão correta de André Narciso, a de sancionar com pontapé de penálti intervenção irregular de Coates na sua área: o central uruguaio tentou intercetar a bola em carrinho deslizante, mas fê-lo com o braço direito, que estava em cima (e não o outro, em apoio), cometendo infração indiscutível. No início da jogada, Aloísio tocou na bola sem cometer falta sobre Nuno Santos e Léo Jabá partiu de posição legal.

61′ A bola rematada com violência por Pedro Gonçalves bateu na barriga e, depois, na perna de Omurwa, que nunca a intercetou de forma ilegal. Foi boa a decisão da equipa de arbitragem ao nada assinalar. Lance na área do Estrela.

65′ Kikas, na passada, pisou o calcanhar direito de Diomande, cometendo falta imprudente. O avançado estava também a agarrar o adversário. O cartão amarelo terá sido exibido pela sua reação posterior, que o árbitro considerou (e bem) como antidesportiva.

68′ Bola tocada por um jogador do Estrela bateu numa das câmaras que acompanhava o jogo (spider) alterando a sua trajetória. O árbitro fez bem ao interromper a partida e recomeçá-la com lançamento de bola ao solo para a equipa que a detinha em último lugar.

76′ Entrada em tackle deslizante de Pedro Gonçalves com alguma velocidade, impetuosidade e até perigo sobre Leo Jabá. O árbitro entendeu que foi negligente e com razão. Amarelo bem exibido.

78′ Muitas dúvidas se Diomande não carregou as costas de André de forma irregular. O árbitro nada assinalou, mas ficámos com a ideia clara que a carga foi irregular. Ficou por assinalar pontapé-livre direto para o Estrela e por mostrar cartão amarelo para o central costa-marfinense (Matheus Reis estava muito perto, na dobra).

89′ Cabeceamento de Francisco Trincão defendido in extremis por António Filipe. Pelas imagens disponibilizadas, ficámos com a ideia que a bola não ultrapassou por completo a linha de baliza. Nova boa decisão da equipa de arbitragem.

Nota 7: apenas treze faltas assinaladas

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