Os especialistas de arbitragem dos diários desportivos O Jogo e A Bola analisaram o trabalho de Luís Godinho no SC Braga–Sporting.
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No que diz respeito ao golo anulado aos leões, aos 38 minutos, os analistas são unânimes ao considerarem a decisão acertada, por fora de jogo de Pedro Gonçalves, que também interferiu no raio de ação do guarda-redes Matheus.
Quanto ao lance entre Álvaro Djaló e Coates, apenas Jorge Coroado considera que ficou um penálti por assinalar a favor dos bracarenses.
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Veja abaixo as análises completas.
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A análise de Duarte Gomes
Jogo intenso e difícil de dirigir, com arbitragem de qualidade
Exibição muito personalizada de Luís Godinho, que também foi bem auxiliado
Nota do árbitro: 7
Luís Godinho dirigiu o SC Braga-Sporting. Fábio Melo foi o videoárbitro. Segue resumo dos momentos tecnicamente mais determinantes da partida:
2’- O erro mais visível do árbitro da AF Évora (o que é bom sinal), provavelmente porque permitiu que alguns jogadores se colocassem à frente do seu ângulo de visão: Niakaté usou o braço esquerdo para afastar Paulinho ilegalmente. A ação do central francês foi também antidesportiva (atingiu o rosto do adversário com algum perigo). Ficou por assinalar um pontapé-livre direto e por exibir o primeiro cartão amarelo da partida.
13’ – José Fonte procurou libertar-se da marcação de Diomande, colocando os braços no adversário, que fez exatamente o mesmo em relação a ele. Quando ambos se movimentavam para bola cruzada da esquerda, o central do SC Braga caiu na área, esboçando pedido de penálti. José Fonte não teve razão, o contacto foi mútuo e legal. Boa decisão do árbitro eborense.
25’ – Golo legal de Pedro Gonçalves, após assistência bem sucedida de Diomande.
27’ – Cartão amarelo bem exibido a Viktor Gyokeres, após entrada de risco (pé demasiado alto) sobre Niakaté. O avançado sueco acabou por atingir o adversário lateralmente, daí que a sua ação tenha sido lida corretamente como negligente.
33’- Morita foi advertido com justiça após pisar Abel Ruiz de forma negligente. Esteve bem o árbitro na análise da infração.
38’ – Excelente intervenção do VAR, em lance muito difícil de avaliar em campo: quando Hjulmand rematou em zona frontal à baliza de Matheus, Pedro Gonçalves estava em zona frontal, em posição de fora de jogo e em frente ao campo de visão do guarda-redes adversário, perturbando a sua ação e acompanhamento de todo a trajetória da bola. A interferência foi ativa e bem punida com fora de jogo. Golo bem anulado.
45+4’ – Pediu-se segundo cartão amarelo para Gyokeres, mas sem qualquer razão. O avançado do Sporting não levantou o braço de forma negligente para atingir o adversário, que pareceu querer tirar algum proveito do currículo disciplinar do sueco no jogo. Bem Luís Godinho.
45+5’ – Na sequência do lance anterior, Niakaté foi advertido por protestos.
48’ – Firmeza louvável de Luís Godinho ao impedir excessos de Abel Ruiz. O eborense deu uma lição de personalidade e caráter, anulando por completo os protestos do espanhol, sem recorrer ao cartão. Para ver e rever.
78’- Golo do Braga, na sequência de um pontapé-livre direto a punir infração (bem assinalada) de Daniel Bragança sobre Álvaro Djaló.
83’ – Entrada duríssima e muito negligente de Vítor Carvalho sobre Daniel Bragança, com pisão feio mas, percebeu-se, na tentativa de chegar à bola. Lance no limite, mas com clara margem para ser considerado como passível de advertência.
87’ – Expulsão para um elemento do banco suplementar da equipa do Sporting (provavelmente por palavras excessivas ou gestos/protestos antidesportivos).
89 – Queda de Catamo fora da área do Braga. Vítor Gomez tinha a posição ganha e o jovem jogador do Sporting colidiu com ele, em lance que pareceu legal.
90’- Gonçalo Inácio impediu irregularmente a progressão de Rony Lopes para zona prometedora. Viu bem o cartão amarelo pela sua infração antidesportiva.
90+2’- Álvaro Djaló provocou o contacto com Coates e caiu para o interior da área bracarense, na tentativa de ludibriar o árbitro. A sua ação poderia ter sido sancionada como simulação. Luís Godinho teve o entendimento que tratou-se apenas de um não penálti. Discutível, mas o mais importante foi não punir o central uruguaio.
90+3’- Descontrolo emocional pouco habitual de um treinador que prima habitualmente pela educação e respeito, quer pelos árbitros, quer pelos adversários. Quando estiver mais sereno, o técnico do SC Braga irá seguramente reconhecer que se excedeu face aos protestos sucessivos na cara do 4A, até porque sabe ser um exemplo para os mais jovens.
90+4’- Diomamde usou braço e ombro esquerdos para impedir a progressão do atacante bracarense Álvaro Djaló, atingido o rosto do avançado bracarense. O árbitro viu e sancionou a infração de forma correta (com cartão amarelo) a ação faltosa do defesa-central do Sporting.
