Os analistas do jornais A Bola e O Jogo procederam à análise do trabalho de António Nobre no duelo entre FC Porto e Gil Vicente.
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Na ótica dos analistas, não houve muitos casos relevantes, falando numa arbitragem geralmente competente. O lance que terá suscitado mais dúvidas ocorreu aos 64 minutos, em que os dragões ficaram a reclamar uma grande penalidade, numa disputa de bola entre Eustáquio e Gabriel Pereira.
Apenas Jorge Coroado considera que ficou um penálti por marcar a favor do FC Porto. Os restantes analistas consideram que a decisão de António Nobre foi acertada.
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Veja as análises abaixo.
A análise de Duarte Gomes.
8′ Golo legal do FC Porto marcado por Iván Jaime, na sequência de assistência de calcanhar de Taremi.
13′ Martim Neto protagonizou entrada negligente sobre Wendell, quando a bola estava um metro à frente e em zona perigosa para a sua baliza (junto à área, mais descaído à esquerda do ataque azul e branco). O árbitro aplicou bem a vantagem – terminou com remate à baliza gilista – e exibiu o amarelo ao infrator na interrupção seguinte. Fez bem, o lance não permitia outra leitura.
24′ João Mário arriscou derrubar Félix Correia, mas o avançado português manteve-se na jogada, cruzando a bola contra o ombro esquerdo de Fábio Cardoso, que estava na dobra. Lance legal e bem analisado na área do FC Porto.
27′ Decisão atenta do árbitro assistente que acompanhou o ataque azul e branco na primeira parte: Taremi partiu de posição irregular (estava a recuar no terreno), fazendo nessa condição a assistência para André Franco. O avançado ainda marcou, mas o golo não valeu. Fora de jogo bem assinalado.
37′ Quando Martim Neto fez a assistência, Depú estava em jogo (David Carmo estava a validar a sua posição). Foi bem avaliado o golo do empate marcado pelo avançado angolano do Gil Vicente.
61′ Iván Jaime tentou o passe para Taremi, mas a bola foi intercetada pelo peito de Gabriel. Mesmo que tenha depois resvalado para o seu braço direito, este estava ao longo do corpo e não se moveu na direção daquela. Foi até visível a tentativa do defesa em retirar o braço. Boa decisão na área do Gil.
64′ Gabriel e Stephen Eustáquio colocaram os braços no corpo um do outro: o defesa brasileiro o direito, o médio do FC o esquerdo. Por aí a “luta” foi normal para este tipo de disputa. Ao nível dos pés, é verdade que o joelho direito do jogador do Gil pareceu tocar na parte de trás da perna esquerda do médio canadiano, mas antes o seu pé já estava a arrastar, preparando queda que viria a concretizar. Disputa com contacto sim, mas legal. Esteve mais um vez bem a equipa de arbitragem.
69′ Taremi apercebeu-se da presença de Gbane nas suas costas (olhou antes), desacelerou a marcha e colocou-se ligeiramente no caminho do costa-marfinense, de forma a deixar acontecer o contacto. O avançado do FC Porto estava à frente e com posse de bola, razão pela qual se aceita a leitura de que o adversário foi imprudente (não teve o cuidado de travar/evitar o colisão).
77′ Félix Correia perseguiu Pepê e na incapacidade de tirar a bola ao adversário, acabou por rasteirá-lo de forma antidesportiva. O jogador brasileiro não conseguiu prosseguir a jogada nas devidas condições. Pontapé-livre bem assinalado e cartão amarelo bem mostrado ao avançado gilista.
84′ O técnico azul e branco terá contestado uma decisão do árbitro (infração favorável ao Gil Vicente) e foi advertido por esse motivo.
89′ Wendell protestou falta não assinalada sobre si e viu o amarelo das mãos de António Nobre.
90+1′ Golo do Porto, na sequência de cabeceamento vitorioso de Stephen Eustáquio. O cruzamento nasceu na sequência de um pontapé-livre à direita, a punir rasteira bem assinalada de Rúben Fernandes sobre Pepê.
90+3′ Bem o árbitro assistente a sanar, de imediato, potencial conflito mais «efervescente» entre Francisco Conceição e um jogador adversário.
Nota 7 – Trabalho competente de um árbitro em plena afirmação
