Depois de quase três meses, o futebol a sério regressou no passado dia 11 de agosto e o arranque da I Liga trouxe dados curiosos que valem a pena destacar.
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Em termos negativos, foram muitos os cartões exibidos. No total, ao fim da jornada inaugural, foram mostrados 72 cartões, dos quais 63 amarelos e nove vermelhos. Este número incluí os amarelos mostrados aos elementos que integram o banco de suplentes. Isto dá uma média 8 cartões por jogo. O único jogo que confirma a regra foi o Gil Vicente-Portimonense, em que não foi exibido qualquer cartão.
Comparando com o futebol lá fora a média é esmagadoramente maior. Em Inglaterra foram exibidas uma média de 4.3 cartões, em França 3.5 e em Espanha 5.2.
O que poderá explicar estes dados são precisamente o clima de suspeição que reina no futebol português, que obriga os árbitros protegerem-se e marcarem faltas e faltinhas. Da parte dos próprios jogadores, pode haver um aproveitamento desta situação para obter dividendos, uma vez que sabem que ao mínimo contacto é apitada falta. Outro fator que poderá explicar esta média elevada de cartões pode ser um aumento de intensidade nos jogos.
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Em termos positivos, assistimos a uma chuva de golos com 34 golos em nove jogos, o que dá uma média de quase quatro golos por jogo. Tal se explica com a capacidade das equipas pequenas ao nível do scouting em reforçarem-se e encontrarem jogadores talentosos lá fora a um bom preço (veja-se o caso do Arouca que garantiu bons jogadores como Jason, Cristo González e Mujica). Uma maior organização tática como a que se viu por parte do Famalicão diante do SC Braga e do Moreirense diante do FC Porto. Uma maior disponibilidade para jogar o jogo pelo jogo e não lutar essencialmente pelo pontinho.
Resta saber se esta tendência de mais golos será para manter ao longo do campeonato.
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