Luís Filipe Vieira concedeu uma entrevista à CMTV, onde confessou alguma mágoa com Rui Costa, depois da sua detenção. Mas houve outro gesto que deixou o ex-presidente do Benfica incomodado.
“Acho que houve uma deselegância quando tomou posse. Magoou-me bastante, até pela ligação que tinha com ele. Podia ter divergência, mas na relação pessoal gostava muito dele. A outra que me magoou foi dar instruções a dois fisioterapeutas para não irem mais a minha casa. Como se fosse possível irem lá dar-me informações. É curioso o Benfica ser mandado pelos jornais agora…“, afirmou.
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O antigo presidente do Benfica deu a entender que Rui Costa promoveu uma caça às bruxas à sua pessoa.
“Há uma caça às bruxas. Eu conheço aquelas pessoas. Quando me dizem ‘não digas nada que falaste comigo’… Andam a fazer isto. Quando um líder tem medo do ex-líder… Se ele sabe que isto se está a passar, por que não proíbe as coisas? Não sabe o que se está a passar? Deus queira que o Rui Costa esteja muitos anos no Benfica e que eu possa ir todos os anos ao Marquês festejar“, referiu.
Vieira acusou ainda Rui Costa de não trabalhar na formação.
“O compadrio e a mentira foi o que levou ao estado em que estava quando o encontrei. Ser gerido por jornais, com responsáveis a passar informações aos jornais. Gente altamente responsável. Não arrasei o Rui Costa. Toda a gente sabe que o Rui Costa estava no Seixal uma hora por dia. Acham que foi ele quem teve valor? Quem tratava da formação era eu. Muita gente dizia que na formação não ganhávamos a ninguém“, disse.
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“É melhor estar calado… Havia um grupo de pessoas que diziam ‘nós com a formação não ganhávamos nada’. Quando o Jesus veio, houve investimento de 100M€, posso garantir que um dos que se opunha era eu. E há testemunhas dentro daquela casa.
O Jesus não tem culpa disto, veio para o Benfica porque é um treinador de ganhar rápido. Nós precisávamos de ganhar. Não queria o investimento que fizemos. O Jesus veio. Quem foi contactá-lo foi o Domingos Soares de Oliveira. Acreditava cegamente nele. No primeiro ano foi um desastre com a Covid. Desgraça completa. No segundo ano tinha plantel mais do que suficiente para ser campeão. Nem era preciso fazer as aquisições depois da minha detenção, de jogadores que tínhamos melhor na formação. Foi um grupo de pessoas que decidiu, não foi só o Rui Costa. Quando têm o rabinho entalado, é bom falar na formação“, acrescentou.
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