Toni Kroos concedeu uma entrevista ao The Athletic, onde abordou a saída de Cristiano Ronaldo do Real Madrid para a Juventus.
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O médio alemão reconhece que os merengues tiveram algumas dificuldades em adaptar-se e ajustar-se à saída do craque português.
“Depois de três Ligas dos Campeões seguidas, levou algum tempo a adaptar-nos à falta de 40 ou 50 golos que Cristiano Ronaldo nos garantia todos os anos. Quando o Ajax nos eliminou [5 de março de 2019], disseram que era o fim desta equipa, o que acabou por nos motivar para mostrar que estavam enganados”, afirmou.
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Kroos falou também na maneira de jogar imposta por Zinedine Zidane.
“Quando cheguei em 2014, éramos essencialmente uma equipa de contra-ataques, a procurar os espaços de Bale, Cristiano e Benzema com longas corridas, mas Zidane mudou a nossa filosofia. Ele quer ter a bola. Eu prefiro assim.
Estamos num momento difícil, não podemos garantir três ou quatro golos por jogo, mas podemos tentar ganhar estabilidade defensiva. A mudança deu-se mais ao nível mental do que ao nível tático. Todos trabalham arduamente para manter a baliza a zero. Quando percebes que o trabalho coletivo recompensa, começa a ser divertido“, referiu.
O duelo com o Manchester City na Champions
Mais logo terá pela frente o Manchester City de Bernardo Silva e João Cancelo, no jogo a contar para a Liga dos Campeões. O internacional germânico espera dificuldades.
“Conheço o treinador deles e sei que têm bons jogadores. Não preciso de ver muitos jogos para saber que será um jogo complicado. Vai ser muito igualado e extremamente interessante, com passe atrás de passe. Vamos dar tudo”, garantiu.
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Este duelo marcará o reencontro do alemão com Pep Guardiola, com quem coincidiu no Bayern de Munique.
“Se perguntarem aos jogadores do Bayern [por Pep Guardiola], dirão que é o melhor treinador que alguma vez tiveram ao nível desportivo. E tivemos muitos para comparar. Gostei de se treinado por ele durante um ano [época 2013/2014]”, elogiou.
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Contudo a sua ideia passa por pendurar as chuteiras ao serviço do Real Madrid.
“Quero terminar a minha carreira no Real Madrid, por isso não acredito que trabalharemos juntos outra vez, mas gostaria de jogar para ele. Podia ter renovado o meu contrato com ele no Bayern, mas não achei que era boa ideia assinar um contrato pelo treinador.
Pep queria que eu renovasse por cinco anos, mas e se ele saísse antes? Dois anos depois foi para o Manchester City, mas continuamos a falar e damo-nos muito bem. Nunca irei esquecer tudo o que aprendi com ele“, concluiu.