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João Neves deveria ter sido expulso? A análise à arbitragem da Supertaça

João Neves e Danny Namaso em disputa de bola no Benfica-FC Porto da Supertaça.

Trazemos-lhe as análises de arbitragem dos analistas do diário desportivo O Jogo e do diário desportivo A Bola sobre o trabalho de Luís Godinho na Supertaça entre Benfica e FC Porto.

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No que diz respeito à análise do lance em que os dragões defendem a expulsão de João Neves sobre Danny Namaso. os analistas de O Jogo, são unânimes: o médio encarnado deveria ter visto o segundo amarelo e consequente vermelho.

Visão diferente tem Duarte Gomes, que entende a entrada do jovem jogador das águias como uma entrada imprudente.

Os analistas de ambos os jornais defendem que Pepe deveria ter sido expulso mais cedo, aos 81 minutos, após uma entrada sobre Rafa.

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Leia a análise completa abaixo.

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19’ – A bola tocou no braço direito de Eustaquio, que estava junto ao seu corpo e em posição natural. O médio estava pressionado por Aursnes, que antes o atingiu com a mão esquerda no rosto sem que fosse assinalada falta. O contacto bola no braço ocorreu fora da área.

21’ – Zaidu tocou na bola e depois em Bah, derrubando o opositor. Aceita-se a leitura de que não o fez com negligência.

27’ – Kokçu impediu saída em velocidade de Taremi e viu bem o amarelo.

28’ – Leitura errada de Godinho na advertência a Namaso. O avançado do Porto não cometeu falta sobre Otamendi.

29’ – Fora de jogo assinalado a Rafa em lance que pareceu bem decidido, mas que contrariou as indicações que exigem que este tipo

de decisões só devam ocorrer no fim da jogada.

33’ – Pepe derrubou Rafa, cometendo falta bem assinalada. A infração em si (toque por trás) não justificava advertência, mas a verdade é que impediu um ataque prometedor. À frente do avançado estava apenas Marcano. Bem o árbitro ao adverti-lo.

43’ – Bah tocou no pé de Galeno, impedindo que o extremo se posicionasse em zona privilegiada. Amarelo bem mostrado.

45+1’ – Pepê fez o que não devia (impediu recomeço de jogo do adversário). A advertência, desnecessária, foi inevitável.

49’ – Bola cruzada por Aursnes tocou no braço de Taremi (que estava atrás das suas costas) e depois no peito de Namaso. Nenhum dos dois cometeu infração, como pediram erradamente alguns jogadores encarnados.

49’ – João Neves agarrou Grujic, incorrendo em comportamento antidesportivo. Foi bem advertido.

50’ – João Neves derrubou Taremi na zona intermédia e de forma apenas imprudente. Eustaquio ter-se-á excedido nos protestos e viu amarelo.

55’ – Zaidu saltou de longe e de forma arriscada sobre Bah, derrubando-o. A infração negligente foi bem punida com advertência.

57’ – António Silva apontou à bola, mas atingiu apenas a perna de Taremi. Aceita-se a não advertência, embora em momentos anteriores o rigor disciplinar não tenha sido idêntico.

65’ – Neves derrubou Zaidu. O lance foi imprudente, mas o médio arriscou pelo facto de acumular algumas infrações ao longo do jogo.

80’ – Pepe, sem possibilidade de disputar o lance, carregou Rafa por trás, com o joelho direito na coxa/nádega. O lance foi punido tecnicamente, mas a sua negligência justificava advertência. Errou o árbitro ao não exibir-lhe o segundo cartão amarelo.

84’ – Chiquinho derrubou Romário Baró de forma antidesportiva e foi bem advertido.

90+1’ – Pepe podia ter evitado a joelhada que deliberadamente deu em Jurásek. O árbitro não viu, mas o VAR esteve bem ao propor a expulsão do defesa por conduta violenta.

90+3’ – Golo bem anulado ao FC Porto, após Gonçalo Borges dominar a bola com o braço direito, no início da jogada. O lance não foi vislumbrado em campo, mas mais uma vez foi bem detetado pelo videoárbitro.

90+8’ – O treinador do FC Porto terá optado por não sair do terreno de jogo após ser expulso. Nestes casos, o árbitro deve esgotar todas as vias diplomáticas ao seu alcance, o que fez muito bem. As leis de jogo dão-lhe poder discricionário para terminar o encontro e mencionar os factos no relatório, caso qualquer elemento técnico se recuse a abandonar o terreno de jogo. Felizmente não foi necessário.

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