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Jesus aborda casos de Covid no Benfica e lembra a final da Taça de 2018

Jorge Jesus, treinador do Benfica, em conferência de imprensa

Na conferência de imprensa ao jogo com o Paredes, a contar para a 3ª eliminatória da Taça de Portugal, Jorge Jesus espera um Benfica com a máxima responsabilidade e respeito pelo adversário, para evitar quaisquer surpresas.

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Esta eliminatória da Taça de Portugal, que é um troféu pelo qual tenho muito carinho, é tanto para as grandes equipas como para as que não são tão grandes (…) a festa do futebol português, hoje infelizmente não tanto por causa da COVID-19, que impede que as pessoas possam assistir aos jogos. Nós vamos com a nossa responsabilidade, independentemente do Paredes ser uma equipa de um escalão inferior, que está a fazer um bom campeonato, tem um treinador que já está há cinco anos com a equipa, tem pretensões a subir de escalão. Sabemos que a Taça de Portugal nos traz muitas surpresas e nós estamos preparados para ela, com um respeito muito grande pelo nosso adversário. Só não digo que vai ser uma festa do futebol porque sem adeptos não há festa. É um jogo onde queremos mostrar o nosso poder e passar a eliminatória porque é uma das provas em que temos uma responsabilidade grande, e queremos estar… não sei se é no Jamor agora”, afirmou.

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O treinador dos encarnados ambiciona chegar à final da Taça, até para apagar da memória a última vez que lá esteve. Recorde-se que na altura Jesus treinava o Sporting e os leões foram a jogo a seguir ao ataque a Alcochete, perdendo a final diante do Aves.

Só vou recordar isso [emoções sentidas nas finais da Taça] quando chegar à final. Ai sou capaz de me lembrar da última tristeza, da última final que tive no Jamor. Nunca mais quero lembrar-me dela como treinador, nunca mais. Não por ter perdido mas por tudo o que se passou antes. Neste momento isso não se coloca, falta muito tempo para pensar nisso”, referiu.

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Para esta e as próximas partidas, Jesus não poderá contar com Darwin Nuñez e Julian Weigl, que se encontram infetados com Covid-19. Uma realidade com a qual Jesus já aprendeu a viver.

Temos de saber viver com a COVID-19 em todas as profissões. Claro que as bolhas onde os jogadores estão a trabalhar é uma população controlada de 3 em 3 dias e mesmo assim surgem casos, apesar do Darwin ter regressado a Portugal já com COVID, vários jogadores do Uruguai estão contagiados. O Weigl foi detetado aqui no nosso meio, mas como as equipas de futebol, são trabalhadores como todos, são um exemplo para todas as profissões do mundo, não tenham dúvidas. São uns privilegiados, porque fazem testes de três em três dias, são constantemente analisados. O caso do Weigl foi detetado, fora. O resto continua. Enquanto não há vacina é assim que temos de fazer. Testar, isolar e prevenir, não é preciso ter uma grande ciência da COVID-19 para lidar com ele. Primeiro é testar, que é aquilo que não fazemos em Portugal, que é o que fazem as equipas de futebol. As outras profissões não têm essa capacidade, mas o ideal era que fossem todos testados. Tenho quase a certeza que vocês [jornalistas] não são testados, tenho quase a certeza que vocês, no vosso trabalho, as vossas empresas não vos testar. Vocês não sabem, se são assintomáticos ou não são, não é? Agora os jogadores de futebol sabem, são testados de 3 em 3 dias e era assim que devia de ser. Mas não há poder financeiro para isso. Mas o primeiro passo é esse, para depois isolar ou não. Ele está ai em força, não sabemos onde é que está e portanto se não testarmos como é que sabemos? Não temos receio nenhum. Eu esta semana já fui testado três vezes. Daqui a dois dias ou três posso ter e não sei de onde veio. Aqui no futebol ninguém pode ser contaminado, pode vir um mas esse vai logo isolado. Era assim que se devia de fazer em todas as empresas só que não há poder para isso”, concluiu.

Recorde-se que o Paredes-Benfica disputa-se amanhã, às 21h15.

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