O ex-selecionador nacional Fernando Santos falou abertamente sobre a controvérsia envolvendo o seu contrato com a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e as alegações de evasão fiscal, numa entrevista concedida ao jornal ‘A Bola’. O técnico esclareceu vários pontos sobre o acordo que estabeleceu com a FPF, através da sua empresa, a Femacosa, e expressou descontentamento com a forma como o caso foi gerido publicamente.
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Santos revelou que a proposta de um contrato de prestação de serviços com a Femacosa, em vez de um contrato direto com ele, partiu da própria FPF. O técnico, com uma carreira de 35 anos, afirmou que sempre trabalhou com contratos a termo até essa proposta inédita da FPF. Explicou também que a federação teve problemas com equipas técnicas anteriores, o que motivou a decisão de optar por este modelo de contrato.
O antigo selecionador sublinhou que a Femacosa já existia antes da proposta da FPF, tendo sido criada para investimentos em Portugal, e não especificamente para representar a federação. Santos mostrou-se desapontado com o facto de Fernando Gomes, presidente da FPF, não ter esclarecido publicamente a natureza do contrato, apesar de ter reconhecido a sua legitimidade em tribunal.
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Santos também abordou as acusações de fuga ao fisco, assegurando que está disponível para mostrar seus contratos e que sempre cumpriu com suas obrigações fiscais. “Nunca falhei com um tostão ao fisco. Nunca. Não devo nada ao fisco“, afirmou o treinador.
Esta entrevista surge num momento em que o caso tem sido alvo de grande atenção mediática, levantando questões sobre as práticas contratuais no futebol português e a transparência nas relações entre treinadores e entidades desportivas.
