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É possível uma equipa portuguesa vencer a Champions? Conceição responde

Sérgio Conceição em antevisão de um jogo do FC Porto

Na conferência de imprensa de antevisão ao jogo da Liga dos Campeões diante do Shakhtar Donetsk, Sérgio Conceição recordou os avisos que deu no arranque da fase de grupos, com a equipa ucraniana a estar na luta pelo apuramento para a próxima fase nesta altura.

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Por isso o treinador do FC Porto antecipa muitas dificuldades.

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Depois do nosso jogo perderam em Barcelona por 2-1, num jogo onde vi uma prestação muito positiva do Shakhtar. Ganharam em Antuérpia, só perderam contra nós e contra o Barcelona também. Com este novo treinador, já adquiriram alguma consistência e solidez como equipa. Melhoraram um ou outro aspeto, os jogadores são os mesmos, alguns de seleção. Claro que o país atravessa um momento muito sensível e que todos somos sensíveis a isso, mas isto é futebol. Ontem enviaram-me um artigo onde se pode ler sobre a importância deste jogo para o Shakhtar e para a Ucrânia. Com isto, quero dizer que a envolvência e o contexto, além da qualidade do Shakhtar… Não vai ser fácil. Que ganhe o melhor, e claro que quero que o melhor sejamos nós, pela nossa competência e pelo trajeto que fizemos nesta prova. Penso que é merecido e amanhã temos de o fazer novamente para chegarmos aos ‘oitavos’, não só por este trajeto mas também pela história, peso e importância de chegar aos ‘oitavos’ para um clube que está inserido num país que não é dos mais fortes a nível financeiro“, afirmou.

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Conceição não tem dúvidas de que se trata de uma final, daquele tipo de jogos decisivos aos quais os dragões estão habituados.

É uma final e nós damo-nos bem com finais, mas é uma final nesta competição. Segunda-feira teremos uma final para o campeonato e assim sucessivamente. Vivemos sempre de finais neste clube. Qualquer ponto perdido no campeonato atrasamo-nos, perdemos um jogo na Amoreira e ficámos fora da Taça da Liga, na Taça de Portugal se perdermos será assim também… Estamos habituados a este tipo de pressão, acho que até é boa. Como disse na última conferência, não chega dar tudo neste clube, ir ao limite é o mínimo. Isso está sempre presente no nosso trabalho diário. Sabemos da importância do jogo, mas mais importante que isso é o nosso trabalho, com dedicação. Depois as coisas vão surgindo. Dois jogos que tivemos neste contexto? Contra o At. Madrid em casa merecíamos e no fim, a poucos minutos de passar, acabámos por perder. É a imagem daquilo que vai ser a nossa competência dentro da estratégia que definimos, mas não podemos adivinhar o que o adversário faz, nas provas internas é um bocadinho diferente. Não podemos adivinhar como vem o Shakhtar, mas podemos preparar-nos para alguns cenários. Se assim for, as coisas vão correr bem”, referiu.

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O treinador azul e branco foi questionado sobre a possibilidade de uma equipa portuguesa voltar a vencer a Liga dos Campeões.

Em termos teóricos somos um país que cada vez está mais longe desses países poderosos, de equipas apetrechadas de jogadores que estão entre os melhores do mundo. Teoricamente há uma diferença cada vez maior. Na prática, o futebol é futebol. É bonito porque se calhar, em 1987, ninguém diria que o FC Porto conseguia o que conseguiu, em 2004 também, e eu estava nessa equipa mas infelizmente não pude jogar porque tinha feito seis meses na Lazio. Sinto e sei que cada vez se está a tornar mais difícil. Shakhtar? É verdade que mudou pouca coisa, poucos jogadores dentro da sua equipa inicial, da sua estrutura base. É um 4x3x3 clássico. Sudakov jogou contra nós, Stepanenko também. Newerton é uma novidade, jogador brasileiro, virtuoso que joga sobre a esquerda, lateral direito também é novo. Mas depois é mais do mesmo, com a qualidade que têm. Têm muita qualidade individual e coletivamente estão mais sólidos, adquiriram alguns comportamentos que fazem com que sofram menos golos. Por aí houve um salto de qualidade. Quando não se sofre está-se mais perto de ganhar, com a qualidade que existe e com gente que no último terço pode decidir o jogo, a equipa acaba por subir de nível. A prova disso foi a Champions que têm vindo a fazer”, concluiu.

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