O Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) anunciou o arquivamento dos processos de alegado aliciamento de jogadores que envolviam o nome do Benfica, numa decisão que tem suscitado grande atenção no panorama desportivo nacional.
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Após uma investigação detalhada, o órgão disciplinar concluiu que não existem provas suficientes para estabelecer uma conexão direta entre as ações de César Boaventura, empresário recentemente condenado a uma pena suspensa de 3 anos e 4 meses, e o clube da Luz. Esta decisão surge dois dias após a condenação de Boaventura, colocando um ponto final nos rumores de que o Benfica poderia estar envolvido em esquemas de aliciamento de jogadores.
De acordo com o comunicado emitido pelo CD, a falta de indícios concretos de que a atuação de intermediários, como Boaventura, tenha ocorrido sob ordens do Benfica foi determinante para o arquivamento dos casos referentes a quatro jogos específicos das épocas desportivas de 2015/2016 e 2016/2017. Estes encontros incluíam partidas contra o Rio Ave, Marítimo, e Boavista, durante momentos cruciais da competição.
O processo, que se encontrava sob escrutínio desde 2018, examinou alegações de aliciamento de jogadores para influenciar o resultado de jogos a favor do Benfica. No entanto, o CD frisou que, para além da ausência de provas de envolvimento direto do clube, não foram encontrados indícios de que os jogadores tenham solicitado ou aceitado qualquer vantagem para comprometer a verdade desportiva.
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Importa salientar que a investigação também levou em conta a situação regulamentar dos empresários na época dos factos, concluindo que estes não eram considerados agentes desportivos segundo o regulamento disciplinar vigente, o que limitou o âmbito das possíveis sanções.
A decisão tem sido interpretada de formas variadas, com alguns a verem-na como uma vindicação do Benfica face às acusações de manipulação de resultados, enquanto outros questionam a eficácia dos mecanismos de controlo e supervisão no futebol português. O caso, ainda assim, não encerra totalmente o escrutínio sobre o Benfica, já que o CD indicou que a investigação prosseguirá em relação a outros jogos ainda sob análise.
Este desenvolvimento representa mais um capítulo na longa saga de polémicas que têm envolvido o futebol português, reiterando a complexidade dos desafios enfrentados pelas entidades reguladoras na manutenção da integridade desportiva. Enquanto o Benfica respira de alívio com esta decisão, o episódio serve de lembrete para a contínua necessidade de vigilância e transparência no desporto rei.
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