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Conceição revela as baixas para o clássico e atira: ‘É igual jogue contra o Benfica ou não’

Sérgio Conceição em antevisão de um jogo do FC Porto

Na conferência de imprensa de antevisão ao clássico com o Benfica, Sérgio Conceição foi questionado sobre os jogadores que integram o lote de lesionados e que amanhã poderá ter disponíveis.

“Independentemente dessas situações e condicionantes há sempre forma de trabalhar, nem que seja um lançamento de linha lateral. Não preciso que eles estejam no máximo a nível físico para treinar algumas situações, mas obviamente que queria toda a gente disponível e que, os lesionados, tivessem o ritmo competitivo de outros. Podemos contar com o Pepe amanhã, mas o Pepe está sem competir há um mês e isso pode fazer a diferença. Confio em toda a gente que trabalha aqui, nas pessoas que fazem a transição de uma fase final de uma lesão para a integração na equipa, mas o jogo é o jogo e é diferente dos treinos. Não estaremos no máximo, mas volto a dizer que nunca utilizei isso como desculpa e não o vou fazer hoje também, mesmo sabendo que à medida que vamos caminhando para o final, os jogos ganham outra dimensão“. afirmou.

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Posteriormente, Conceição foi mais concreto.

“Vamos até à última. O Diogo Costa parece-me bem melhor e o Pepe também. O Evanilson não sabemos mesmo, temos de esperar umas horas. João Mário com alguma dificuldade, Zaidu parece-me um pouco melhor. O Pepe e o Diogo Costa penso que estarão a 100% para irem a jogo“, disse.

O técnico azul e branco foi ainda questionado sobre os desafios que enfrentou esta época, perante a onda de lesões que assolou o plantel.

Ter mais opções, as tais boas dores de cabeça, e não aquelas que fazem mal… Nenhum treinador quer essas últimas. O meu discurso sempre foi o de confiança total em toda a gente, mesmo em jogadores que ‘sobem’ da equipa B e vêm treinar connosco. Vamos lidando com essa situação. A beleza do jogo é ganhar. Sou muito pragmático nisso. Utilizo quem tenho à disposição e, no ano passado, a opinião foi quase unânime. Futebol fantástico com outros jogadores que estavam no plantel e permitia-nos chegar à baliza do adversário para marcar golos de uma forma e tentar não sofrer depois. Era uma dinâmica um bocadinho diferente. Mas lá está, é a história de que tocar violino só é bom aos olhos de quem vê”, referiu.

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Questionado sobre o caráter decisivo desta partida, Conceição foi claro.

“Os jogos são todos decisivos e ganham essa força a partir do momento em que ficam a faltar sete depois deste. Se ganharmos na Luz e perdermos o jogo a seguir, ficará difícil na mesma. Digo sempre que isto são jogos de seis pontos. Podemos sair do Estádio da Luz com menos treze ou a sete do Benfica, ou com a mesma diferença. O que queremos é ganhar o jogo e somar três pontos importantes, não deixando que o adversário os some“, frisou.

O técnico dos dragões abordou ainda da pressão imposta pelo SC Braga, que está a apenas dois pontos do 2º lugar.

“Agora veio-me à cabeça uma coisa… Era bom trazer um jogador nestes jogos também, eles iam confirmar um bocadinho aquilo que eu vou dizendo e a mensagem que eu vou passando durante a semana. Vai ao encontro do que me está a perguntar. Se nós caminhamos e estamos a olhar para trás, corremos o risco de bater em alguém ou tropeçar. Para algumas pessoas convém-lhes isso… É importante percebermos a força e a qualidade com que o SC Braga e o Sporting, excetuando o jogo de ontem, se estão a aproximar… Temos de olhar para a frente, corremos o risco de tropeçar. Essa pressão faz parte do nosso trabalho e é esse o discurso que tenho com os jogadores. Há sempre mais gente a fazer questões pertinentes e interessantes depois do jogo… No final do jogo com o Portimonense só houve uma questão… Penso que seria benéfico para todos trazer um atleta“, concluiu.

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Por último, Conceição falou do impacto emocional que esta partida pode ter na equipa.

“É um jogo importante, é um clássico. É onde se defrontam as duas equipas que nos últimos anos ganharam mais títulos. A nível emocional… Nós preparamos os jogos todos da mesma forma. Obviamente que o ambiente, e aquilo que anda à volta de um jogo desta dimensão, é diferente e os jogadores sentem isso. Mas quando o árbitro apita, esquecemos tudo aquilo que está à nossa volta. Aliás, uma das coisas que digo sempre é que há muitos jogadores, e eu gostaria que muitos deles jogassem de tampões nos ouvidos. Só para se focarem no que têm de fazer durante o jogo. O que passo à equipa é que o estado de espírito é exatamente igual. É verdade que estamos a uma distância a que não estamos habituados, e sabemos o jogo que vamos ter pela frente. Não colocamos sequer o cenário de não ganhar o jogo, não entra na nossa preparação nem na nossa cabeça. Na nossa preparação a todos os níveis, e emocional também, há uma palavra: vitória. E não foi nenhuma referência à águia…(risos)

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