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Conceição responde a boca de jogador do Arouca: ‘Ressabiamento’

Sérgio Conceição na antevisão a uma partida do FC Porto

Na conferência de imprensa de antevisão ao jogo com o Casa Pia, Sérgio Conceição foi questionado sobre uma problemática que infelizmente caracteriza o futebol português: o baixo tempo útil de jogo.

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O técnico dos dragões foi confrontado com o facto de nenhum jogo do FC Porto está no top-10 das partidas com maior tempo útil de jogo. Conceição aponta para as estratégias arquitetadas pelas equipas adversárias para queimar tempo e a permissividade dos árbitros.

Pelo meio, deixou uma bicada a David Simão, jogador do Arouca, pelas palavras proferidas após o Arouca-FC Porto na semana passada.

“Tudo o que eu digo normalmente interpretam para o lado que querem e fica difícil meter cá para fora aquilo que sinto. Sempre falei nisso. O FC Porto é uma equipa intensa, agressiva, que mete um ritmo alto no jogo. Deparamo-nos com equipas que normalmente não são tão agressivas e connosco elevam o número de faltas, tenho vários exemplos. Podem ir pesquisar. Olhamos para os quatro grandes e comparamos… É como a questão da posse de bola. O FC Porto não é uma equipa de posse? É mentira. Nestes seis anos, talvez em quatro anos fomos a equipa com mais posse do campeonato. Permitimos é muito pouco ao adversário. Roubamos a bola rapidamente, mas também queremos chegar rapidamente à baliza do adversário e não temos ataques de um minuto em posse. Mas as equipas que têm ataques de um minuto em posse, permitem ao adversário que tenham um minuto em posse. Chega ao fim ela por ela. Vi um jogador do Arouca, talvez com algum ressabiamento por ter perdido o jogo, a dizer que nós somos uma equipa de cruzamentos e profundidade. É mentira. A nossa média de cruzamentos é de 12 por jogo, a do Braga é 15, a de Sporting e Benfica é 18. É mentira. Profundidade queria eu ter a que já tivemos noutros anos, e que acho que nos falta no último terço. Este ano, tem faltado um pouco de rotura, o arriscar, ousar no último terço. O tempo útil de jogo é a mesma coisa. Quando o árbitro começa a permitir desde o início pontapés de baliza longos… 20 a 30 segundos cada pontapé de baliza. O árbitro não faz nada. Dá um minuto de compensação, dois. Depois há entrada do médico, há as faltas que normalmente são mais. Não estou a criticar nenhum tipo de estratégia, os treinadores têm a liberdade. Numa equipa menor, baixava o bloco, ser uma equipa agressiva. Nunca disse aos guarda-redes ou aos meus defesas para queimarem tempo. Nem uma vez na minha carreira. Faz parte daquilo que é cada treinador. O tempo útil é um problema“, afirmou.

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