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Conceição: “Marega? Posso ter 11 focas a jogar que não me darão títulos”

Sérgio Conceição na antevisão a uma partida do FC Porto

Na conferência de imprensa de antevisão ao jogo da Taça da Liga frente ao Rio Ave, Sérgio Conceição foi convidado a comentar o estilo de jogo que o FC Porto apresenta esta temporada.

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Este ano os dragões apresentam um futebol mais rendilhado, ao contrário da época passada, em que havia uma clara aposta na procura da profundidade, sobretudo através de Moussa Marega.

Conceição defende que era apenas uma forma de chegar ao golo como tantas outras e ainda saiu em defesa do maliano, que agora representa o Al Hilal.

“O meu trabalho é potenciar ao máximo a qualidade dos jogadores e ter no onze algumas nuances que nos permitam desmontar as defesas adversárias. Nos últimos quatro anos, creio que tivemos três vezes o melhor ataque do ano. A forma como lá chegamos é que pode ser mais discutida. Se não temos gente para elaborar, para criar, de uma forma mais bonita para o adepto, não para mim, e com isto não digo que não sou amante de arranjar soluções, a forma como vamos chegar lá, desmontar os adversários, num ano é de uma maneira e noutro ano será de outra. Muitas das vezes o Marega jogava e diziam que era para a profundidade, mas tinha a ver com aquilo que lhe pedia. Não queria que ele jogasse em apoio e viesse buscar jogo porque não é o estilo dele. Foi um jogador de grande nível, ganhou títulos aqui, foi um mal-amado das pessoas e ajudou muito o FC Porto. Posso ter aqui 11 focas a jogar e as 11 focas não me vão dar títulos. Depois tem a ver com a forma como a equipa técnica trabalha. Temos de olhar para a equipa e ver quais vão dar garantias para chegar ao golo e não sofrer”, afirmou.

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O técnico dos azuis e brancos deu ainda o exemplo da evolução de Vitinha, sobretudo ao nível do jogo sem bola.

Vocês não sabem, mas o Vitinha, que todos achavam que só jogava com a bola no pé, neste jogo fez quase 13 quilómetros. É uma diferença enorme para o que ele foi fazer no Wolverhampton. Isto é trabalho dele e nosso. Os jogos são feitos de duelos, e isso não é andar à porrada uns com os outros. Isto tudo, dentro da dinâmica de jogo da equipa, é cada vez mais importante. Há equipas como Bayern Munique, Liverpool, que sabem jogar, têm muita posse de bola, uma dinâmica muito interessante com bola, mas, quando têm de ser objetivos a atacar a baliza adversário, são. E essas diferentes formas de atacar e de defender fazem com que as equipas sejam muito ricas, e fica mais difícil aos outros ganharam jogos. Isso para mim é uma maravilha“, concluiu.

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Veja o vídeo abaixo.

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