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Conceição analisa Lyon e recorda o peso da Taça UEFA de 2003: “O Francisco tinha 1 ano”

Sérgio Conceição na antevisão a uma partida do FC Porto

Na conferência de imprensa de antevisão ao jogo com o Lyon, referente à 1ª mão dos oitavos de final da Liga Europa, Sérgio Conceição alertou para os pontos fortes dos franceses que poderão causar problemas para o FC Porto.

“Nós analisamos as equipas, dissecamos ao máximo a qualidade coletiva e individual das mesmas e o Lyon não fugiu à regra. Está a fazer um campeonato não muito dentro da qualidade e do orçamento que tem, mas na Liga Europa deu uma resposta condizente com o seu valor. É uma equipa muito capaz no plano ofensivo, diferente daquela que defrontámos na pré-época, tem evoluído de forma positiva. Tem-se apontado em França algumas fragilidades defensivas, que tem, mas não é por aí. Olhando para a equipa no seu todo, há que perceber o que podemos aproveitar, algumas precauções que podemos ter e olhar para o que temos de fazer como equipa”, afirmou.

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O treinador dos dragões abordou também o calendário apertado nesta fase da temporada.

Quando se faz 3 jogos por semana ao fim de algum tempo torna-se desgastante. Há um trabalho, não só da equipa técnica, vocês viram que a este treino foram os jogadores menos utilizados e não utilizados no jogo com o Paços. A preparação é mais à base de vídeo, o que não aprecio, gosto muito do trabalho de campo e nestas situações fica mais difícil. Mas de qualquer maneira, o conhecimento é grande, os jogadores conhecem-me bem, sabem o que queremos para o jogo. O trabalho de toda a gente é importante, do departamento médico, à equipa técnica onde está inserido o fisiologista, o Eduardo. Trabalhamos em conjunto para preparar os jogadores de modo a que possam estar a 100 por cento. Pode é haver alguma lesão que não queremos que aconteça“, referiu.

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Conceição foi também questionado sobre o profundo conhecimento que tem da liga francesa e se tal pode ser um fator importante para ajudar o FC Porto a obter um bom resultado.

“O conhecimento é importante, mas sou um apaixonado pelo futebol, sigo as principais ligas do mundo e até o nosso futebol distrital. Quando vou a Coimbra vou ver os escalões inferiores, aprendemos sempre. Fui treinador em França, temos um conhecimento grande do que é o campeonato, mas isso não é uma mais-valia porque o treinador do Lyon não é francês e muitos jogadores também não são. Está numa liga muito competitiva, onde tive a oportunidade de trabalhar, assim como em Itália, está nos 5 melhores campeonatos do Mundo. Vantagem não é, as equipas portuguesas passam uma excelente imagem pelo trabalho dos jogadores e das suas equipas técnicas“, disse.

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Por último, o treinador dos azuis e brancos foi questionado sobre a responsabilidade do clube, a par do Sevilha, nesta competição, uma vez que são as duas equipas em prova que a conquistaram.

“Acho que isso é história, é museu. Temos de olhar para o presente, representamos um clube histórico, que costuma estar na Liga dos Campeões, essa responsabilidade é normal e natural de quem representa este clube. Responsabilidade é dar o máximo, andar no limite e preparar o melhor possível a equipa. Ganhámos esta prova em 2003, o Francisco [Conceição], por exemplo, tinha um ano! (risos). Os jogadores sentem responsabilidade num clube que está habituado a estar na Europa e a ter resultados fantásticos. Mas não há maior responsabilidade por isso”, concluiu.

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