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Comentador insulta Ronaldo: ‘Transformou-se num idiota útil à ditadura’

Cristiano Ronaldo festeja um golo pelo Al Nassr

Henrique Raposo lançou a polémica ao pronunciar-se sobre os milhões que têm atraído grandes craques para a liga saudita, apontando o dedo a Cristiano Ronaldo.

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O comentador da Rádio Renascença considera que o problema não está na capacidade monetária dos sauditas mas sim a incapacidade dos jogadores em resistirem ao “encanto do dinheiro”.

Para Henrique Raposo, este problema começou em Ronaldo.

Ronaldo transformou-se num idiota útil de uma ditadura, numa das piores ditaduras do mundo, e abriu a porta para outros jogadores serem também idiotas úteis de uma ditadura que se está a tentar legitimar“, afirmou.

O comentador considera Ronaldo e outras estrelas do futebol mundial como idiotas úteis a um regime ditatorial como é o da Arábia Saudita.

“Há aqui uma personagem que é o MBS – Mohammad bin Salman, que está a transformar a Arábia Saudita numa espécie de ditadura europeia, com um Estado centralizado e ditatorial.

É imprevisível e um pouco triste vermos jogadores de futebol que são estrelas, que são símbolos e exemplos para as nossas crianças, não só na Europa, mas no resto do mundo, a transformarem-se literalmente em idiotas úteis de uma ditadura“, referiu.

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O comentador lamenta, por isso, que “não haja ninguém no meio – um jogador, um presidente, um ex-jogador – que diga alguma coisa, que diga ‘vocês não podem ser tão fáceis e não podem estar a ajudar a transformar, a legitimar uma ditadura”.

Henrique Raposo considera que a falta de moral que o futebol já perdeu há muito tempo, explica as compras dos clubes com dinheiro do Médio Oriente.

Henrique Raposo compara os milhões pagos naquela região do globo com os protestos que atualmente se verificam em França.

Temos aqui jogadores que ganham 5, 6, 7, 10 milhões de euros limpos e recebem uma proposta 50, 70, 80 milhões e ao lado, uma boa parte da juventude europeia, sobretudo a mais pobre, que está, de facto, num buraco de desespero”, sinaliza.

O comentador lembra que “a classe operária e baixa classe média foi destruída, não há emprego para essas pessoas e daí o desespero que se vê em França e noutros países” e, por isso, “é um pouco surreal estar aqui a analisar um jogador de futebol que ganha 60 milhões de euros, ao lado de uma juventude, milhões e milhões de jovens no desespero, que não tem saídas para nada”.

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