Na conferência de imprensa de antevisão ao jogo com o P. Ferreira, Rúben Amorim anteviu muitas dificuldades para o Sporting, na deslocação à Mata Real.
“Sabemos que o Paços está a lutar pela vida e quando assim é o ser humano transcende-se. Temos de fazer o mesmo, há muita coisa a melhorar. É pena só haver 4 jogos até ao final da época… Queremos ganhar, não sofrer golos contra uma equipa que arrisca muito na construção. Temos de ser corajosos e fortes na pressão, para roubar bolas, ter cuidado com jogadores talentosos, como o Gaitán, que pode ter menos menos velocidade mas mantém a qualidade. Temos de ser fortes no meio-campo… Fizemos a avaliação como se tratasse do Arsenal ou da Juventus. Acima de tudo, há que aproveitar, ter posses mais longas, encostá-los mais. Temos aspetos a melhorar, é um jogo para vencer, temos essa obrigação”, afirmou.
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O técnico leonino foi, mais uma vez, confrontado com os rumores que o apontam como hipótese para o comando técnico de Chelsea e Tottenham. Amorim reiterou que está muito feliz no Sporting.
“Cobiçado é subjetivo. Tem-se falado nos jornais, já pareço o meu amigo Beto e o meu amigo Luisão, todos os anos ‘vão sair para aqui e para ali’… Não posso estar todas as semanas a falar do mesmo, não quero ser acusado de criar instabilidade. Já esclarecemos isso e nada mudou na minha ideia. Sou treinador do Sporting e sou muito feliz. Falhei aqui e ali esta época e o meu foco é melhorar. Não tenho reuniões marcadas com ninguém, apenas com o Sporting para preparar a próxima época. Não houve ninguém, da minha parte ou do meu agente, a falar em reuniões marcadas”, referiu.
Questionado sobre a importância de uma vitória do Sporting sobre o Benfica para uma imagem mais positiva junto dos adeptos, o treinador verde e branco considera que nada muda, uma vez que a equipa esteve longe de alcançar títulos.
“A imagem que fica é de pouca consistência. Nunca será de uma equipa que marcou poucos golos, será de uma equipa que falhou muito no início, que foi pouco consistente e que nos momentos-chave da época não conseguiu dar a volta à situação. O Sporting não ganhou títulos, não atingiu objetivos, não fomos bons o suficiente. E ganhando ao Benfica não muda nada. Somos um clube grande, que quer títulos. Não estou a pensar no jogo com o Benfica, o objetivo é lutar no próximo ano por alguns títulos“, disse.
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Amorim foi questionado se a vitória sobre o Benfica seria um bombom para os adeptos.
“Os adeptos não têm de esperar qualquer bombom, temos é de ganhar os jogos todos até ao fim, há essa obrigação. Eu disse que ganhar a Liga Europa não mudava a minha forma de olhar para época e derrotar o Benfica também não vai mudar nada. Não gosto dessa ligação a algo de bom. É mais um jogo, não é mais do que isso”, considerou.
O treinador do Sporting pronunciou-se também sobre a renovação de contrato de Nuno Santos e o respetivo aumento salarial.
“Sobre os aumentos, tem de ser a base em que partiu, se partiu da mesma base do Pote. E depois, é preciso ter noção da base do Inácio, do Bragança, que foi aumentando. Temos sido muito justos nesse aspeto. Podem estar descansados que não estamos a ser injustos com o Nuno Santos, vamos adequando o teto salarial dos nossos jogadores. O Pote foi o melhor marcador e tinha uma base menor do que o Nuno Santos. Ele merece mais e vamos tentar ver essa situação. Acredito que o equilíbrio do grupo é em todos os aspetos, nas regras, no equilíbrio porque senti muito isso no Benfica e queremos que os jogadores se sintam importantes”, frisou.
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Sobre o possível regresso de Tiago Tomás ao clube na próxima época, Amorim deixa tudo em aberto.
“Está tudo em aberto para a próxima época. Não quero dizer o que vai acontecer. Mais do que o jogador, gosto da pessoa do TT“, concluiu.
