A internacional suíça Alisha Lehmann, uma das grandes figuras do futebol feminino, lançou um forte alerta sobre a desigualdade salarial entre o futebol masculino e feminino.
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Em entrevista à Gazzetta dello Sport, a jogadora da Juventus utilizou um exemplo pessoal e bastante ilustrativo para destacar a discrepância salarial entre géneros. Lehmann revelou que, apesar de ela e o seu namorado, Douglas Luiz, jogarem para o mesmo clube, ele ganha “100 mil vezes mais” do que ela.
Este desabafo da jogadora chega num momento em que o futebol feminino continua a ganhar cada vez mais relevância a nível global, com torneios como o Mundial Feminino a provarem que há um grande mercado e interesse no desporto. No entanto, como Lehmann frisou, a disparidade salarial ainda é gritante. A jogadora não hesitou em demonstrar a sua frustração: “Falo com o Douglas depois dos treinos e estou sempre a dizer-lhe que a situação não é justa. Fazemos o mesmo trabalho e ele ganha cem mil vezes mais que eu. Como mulher, é um assunto que me toca profundamente“.
Curiosamente, esta não é a primeira vez que Alisha Lehmann e Douglas Luiz representam a mesma equipa. Em 2021, quando começaram a namorar, ambos jogavam no Aston Villa, embora a diferença salarial já fosse considerável.
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Lehmann também se referiu ao sucesso do Mundial Feminino de 2023, realizado na Austrália e na Nova Zelândia, como um argumento a favor da necessidade de maior igualdade. O torneio gerou mais de 570 milhões de dólares (aproximadamente 514 milhões de euros) em receitas, um resultado que demonstrou o crescente impacto do futebol feminino.
“Provavelmente, foi o quinto evento desportivo mais visto no mundo, mais até que o Super Bowl. Foi uma loucura. Então, acho que está claro que devemos ter os mesmos ganhos que o futebol masculino“, concluiu.
Este tipo de declarações reflete o sentimento de muitas jogadoras e personalidades ligadas ao desporto, que continuam a lutar por uma maior valorização e respeito pelo futebol feminino. A luta pela igualdade de género no desporto está longe de terminar, mas vozes como a de Lehmann têm contribuído para trazer o tema para a ribalta, mostrando que a mudança é necessária e urgente.
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