Esse quarteto faz parte dos 12 arguidos da Operação Pretoriano, sendo que, no início da semana, o Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto impediu as presenças na AG de Fernando Madureira, ex-líder dos Super Dragões, Sandra Madureira, sua mulher e antiga vice-presidente daquela claque afeta ao FC Porto, e Vítor Catão, adepto do clube e ex-líder do São Pedro da Cova, que está em prisão domiciliária com vigilância eletrónica.
Fernando Madureira é o único arguido em prisão preventiva, enquanto Sandra Madureira e Vítor Oliveira estão impedidos de estar em recintos desportivos, pelo que os três tinham requerido uma autorização para estarem presentes, mas o tribunal indeferiu-o, alertando para "o efeito perturbador e de exaltação, legitimamente expectável, que a sua presença poderia desencadear no decorrer da AG, com grave perigo da ordem e da tranquilidade pública".
A Operação Pretoriano foi desencadeada em 31 de janeiro de 2024, no âmbito da investigação aos incidentes e agressões ocorridos numa AG extraordinária do FC Porto, em 13 de novembro de 2023, no Dragão Arena, tendo resultado na detenção de 12 pessoas.
Veja também: AG do FC Porto aquece com acusações graves de J. Marques a Villas-Boas
A direção 'azul e branca', presidida por André Villas-Boas, anunciou em agosto de 2024 que participaria formalmente dos sócios acusados naquela operação judicial, com vista à instauração de processos disciplinares por parte do CFD do clube.
Em 05 de dezembro, pouco mais de duas semanas depois das medidas determinadas pelo órgão comandado por Angelino Ferreira, o TIC do Porto decidiu levar a julgamento nos exatos termos da acusação os 12 arguidos da Operação Pretoriano.
A acusação do Ministério Público (MP) denuncia uma eventual tentativa dos Super Dragões em criarem "um clima de intimidação e medo" numa AG do FC Porto para que fosse aprovada uma revisão estatutária "do interesse da direção" do clube, então liderado por Pinto da Costa.
Em causa estão 19 crimes de coação e ameaça agravada, sete de ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo, um de instigação pública a um crime, outro de arremesso de objetos ou produtos líquidos e três de atentado à liberdade de informação.
Veja também: Sérgio Conceição em polémica em Itália: "O meu filho a dormir com um homem?" (VÍDEO)
Hugo Carneiro, igualmente com ligações aos Super Dragões, também está acusado de detenção de arma proibida, sendo que o MP requer penas acessórias de interdição de acesso a recintos desportivos para os arguidos entre um e cinco anos.
O FC Porto e a SAD gestora do futebol profissional 'azul e branco' constituíram-se assistentes da Operação Pretoriano, cujo julgamento ainda não tem local nem data marcados.
Fonte: LUSA