A expressão “Amanhã há porrada, não há hipótese”, atribuída a Fernando Madureira, terá sido enviada a Bruno Branco na véspera da Assembleia Geral do FC Porto de 13 de novembro de 2023, e acabou por assumir um papel central na investigação da Operação Pretoriano. A revelação foi feita esta terça-feira, durante o julgamento, por Marcelo Vieira Gomes, agente da PSP que prestou depoimento como testemunha.
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Bruno Branco, também ele agente da PSP — ao serviço em Braga — e ligado aos Super Dragões, viria a ser identificado como apoiante de André Villas-Boas, numa altura em que o atual candidato à presidência do FC Porto começava a assumir maior protagonismo na oposição à direção liderada por Pinto da Costa.
A audiência prosseguiu com a fase de perguntas da defesa, sendo particularmente relevante a intervenção de Cristiana Carvalho, advogada de Fernando Saul, que procurou distanciar o seu cliente da alegada orquestração dos eventos violentos. Segundo Marcelo Vieira Gomes, apesar da troca de uma mensagem entre Fernando Saul e Fernando Madureira, não existia um histórico consistente de comunicações entre ambos.
«Trocaram mensagens, entre os dois, por uma vez. Reparámos que há ali algumas falhas porque há conversas com outros. Há uma chamada de WhatsApp que Saul faz a Fernando Madureira. Está no telemóvel de Fernando Madureira; no de Fernando Saul podem ter sido apagadas. Mensagens apagadas e corrigidas? No sistema aparece», afirmou o agente da PSP, sinalizando que algumas comunicações podem ter sido eliminadas.
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O julgamento da Operação Pretoriano continua a lançar luz sobre os bastidores da contestação interna vivida no FC Porto, revelando uma teia de relações entre elementos da claque, forças de segurança e dirigentes do clube. A acusação acredita que terá existido uma tentativa concertada de intimidação e desestabilização, nomeadamente através da violência.