Francisco J. Marques voltou ao ataque. Desta vez, o antigo diretor de comunicação e informação do FC Porto visou diretamente André Villas-Boas, criticando de forma contundente a gestão dos negócios com a Juventus, nomeadamente a saída de João Mário e a entrada de Alberto Costa.
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As críticas surgiram através de várias publicações na rede social X (ex-Twitter), onde Francisco J. Marques não poupou palavras: “Engenharia financeira. FC Porto e Juventus decidiram trocar jogadores. João Mário foi para a Juventus, Alberto Costa vem para o FC Porto, sendo que o FC Porto ainda tem de dar três milhões (eventualmente mais um). Simples. Certo? Errado”.
“Pagam-se mais de dois milhões de comissões”
O ex-dirigente questiona a opção da SAD liderada por Villas-Boas em “vender João Mário por 12 milhões de euros” e “comprar Alberto Costa por 15 milhões”, sublinhando que “pagam-se mais de dois milhões de euros de comissões”, valor que, segundo os seus cálculos, representa mais de 50% da diferença entre os dois negócios.
Mas não fica por aqui. Francisco J. Marques garante que esta é a maior comissão paga pelo FC Porto na entrada de um jogador, classificando-a como “mais um recorde para Villas-Boas, o ex anti-comissões”.
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“Comissões de gestão: aquela coisa inventada pela direção que é contra as comissões… dos outros”
Com ironia bem vincada, acusa a atual direção de incoerência: “Ainda faltam as comissões de gestão, aquela coisa inventada pela direção que é contra as comissões. Dos outros”.
As críticas de Francisco J. Marques surgem após a confirmação oficial das transferências de João Mário para Turim e de Alberto Costa para o Dragão, ambos anunciados esta quinta-feira. O antigo dirigente faz ainda referência à transferência de Francisco Conceição, que rendeu aos cofres do Dragão 41,5 milhões de euros, incluindo taxa de empréstimo e venda definitiva por 32 milhões.
Clima de tensão interna?
O clima no universo portista continua agitado. Com André Villas-Boas a preparar uma nova fase para o clube — ainda em início de mandato — as críticas internas de figuras ligadas à era Pinto da Costa vão-se acumulando. Este novo episódio poderá intensificar a tensão entre a nova liderança e os setores mais conservadores do universo azul e branco.
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