Viktor Gyökeres está descontente e desiludido com o Sporting. O avançado sueco, peça-chave na conquista do bicampeonato e da Taça de Portugal, vê-se no centro de uma novela de verão que promete arrastar-se. A origem do desentendimento? Uma promessa de saída que, na sua perspetiva, está por cumprir.
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Na semana passada, Gyökeres quebrou o silêncio com uma curta mensagem nas redes sociais:
“Há muitas conversas de momento, a maioria delas falsas. Irei falar no momento certo”.
Mas o “momento certo” aproxima-se e, segundo informações avançadas pelo jornal A Bola, o camisola 9 está furioso com a administração leonina.
A explicação para esse estado de espírito remonta ao verão passado: então, ainda com Hugo Viana como diretor desportivo, o jogador terá recebido garantias de que poderia sair em 2024 por valores na ordem dos 60 a 70 milhões de euros — bastante abaixo da cláusula de rescisão, fixada em 100 milhões.
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Esse entendimento foi determinante para que Gyökeres permanecesse em Alvalade e protagonizasse a melhor época da sua carreira: 54 golos e 13 assistências em 52 jogos, um registo absolutamente impressionante que conduziu o Sporting à dobradinha e a um feito inédito em 70 anos.
O verão do desassossego
Com o fim da temporada chegou também o tempo das promessas por cumprir. O Arsenal, principal interessado, já terá sinalizado uma intenção de oferecer 55 milhões de euros + 10 milhões por objetivos, mas o Sporting, agora liderado por Frederico Varandas nas negociações, considera a proposta insuficiente.
O presidente leonino foi perentório na resposta pública:
“O Viktor Gyökeres não sai por €60 M + €10 M. Não sai, porque nunca o permiti, e com este jogo que o agente está a fazer só piora a situação”, declarou, rejeitando qualquer cenário de chantagem ou pressão do empresário Hasan Cetinkaya.
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A intransigência da direcção leonina deixou o jogador visivelmente irritado. Gyökeres terá mesmo transmitido a Varandas a sua frustração, sentindo-se traído por um clube que, aos seus olhos, não está a cumprir a palavra dada.
Mercado aquecido, mas sem propostas formais
Apesar do mediatismo do caso, a verdade é que, segundo fontes oficiais do Sporting, ainda não deu entrada qualquer proposta formal por Gyökeres. O Arsenal é quem mais perto esteve, mas também a Juventus trabalha num plano para chegar aos 80 milhões de euros, valor que poderá destravar a transferência.
Há ainda outros interessados de segunda linha: Manchester United, Atlético de Madrid e os sauditas do Al Ahli. Fora de Inglaterra, o sueco preferiria clubes como Real Madrid, Barcelona, PSG ou Bayern Munique. Mas uma abordagem ao Real foi, segundo o The Athletic, liminarmente recusada — os merengues não pretendem reforçar o ataque neste defeso.
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Mais do que futebol: cláusulas, agentes e ameaças legais
A complexidade do dossiê vai além do simples desejo de sair. Existe uma cláusula contratual que obriga o Sporting a pagar 10% do valor de uma proposta recusada acima dos 60 milhões de euros ao agente do jogador. Um cenário que os leões consideram inaceitável e que poderá levar a exigir, caso seja activada, os 100 milhões de euros da cláusula de rescisão.
Entretanto, enquanto o impasse continua, o jogador terá de se apresentar no arranque dos trabalhos de pré-temporada no início de Julho. Mesmo descontente.
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O avançado sueco, de 26 anos, foi contratado em 2023 ao Coventry, por 20 milhões de euros + 4 milhões por objetivos, e tem contrato com o Sporting válido até junho de 2028. A novela continua, mas a pressão cresce — sobretudo, porque o jogador está cada vez menos disposto a esperar.