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“Vi o Dortmund-Benfica. Paulo Gonçalves pagou o hotel e deu-me os bilhetes”

Paulo Gonçalves, antigo elemento da estrutura do Benfica

Ferreira Nunes, antigo vice-presidente do Conselho de Arbitragem entre final de 2011 e junho de 2016, admitiu em tribunal ter enviado emails Paulo Gonçalves, no âmbito do julgamento da divulgação dos emails do Benfica.

Um deles foi para obter bilhetes para a partida entre Benfica e Borussia Dortmund.

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Tenho simpatia clubística pelo Benfica, como tenho por outros clubes, sou sócio do Adémia. Fui atleta na Académica de Coimbra. Gosto de futebol.

Fui ver o Benfica-Dortmund. A viagem foi paga por mim. Fui na Easyjet. Fiquei alojado num hotel, penso que foi o doutor Paulo Gonçalves… Solicitei que me arranjasse lá um hotel, e ele arranjou. Não me recordo de ter reembolsado. [E o bilhete?] Não paguei, foi Paulo Gonçalves que me arranjou. Fui eu que lhe pedi para me arranjar dois bilhetes, para mim e para o meu filho. Tinha familiares lá que iam ver o jogo e pedi-lhe dois bilhetes. Não lhes paguei. Não tenho noção que tenha sido o clube a pagar o quer que fosse. Pedi ao doutor Paulo Gonçalves. Ele era funcionário do Benfica. Sabia que era funcionário do Benfica“, afirmou.

Pedi-lhe os bilhetes por ele ser meu amigo. Como era funcionário do Benfica, tinha acesso a isso. Não ia pedir a um funcionário do Sporting que me arranjasse bilhetes para o jogo do Benfica. Não costumo cravar o quer que seja, costumo pedir e se me os oferecerem agradeço”, acrescentou.

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Ferreira Nunes foi ainda confrontado com um email em que pediu um parecer a Paulo Gonçalves para o ajudar na luta pela liderança da AF Coimbra.

Pedi ao Doutor Paulo Gonçalves, sabendo da experiência que ele tem no desporto para que me arranjasse alguém que me arranjasse um parecer jurídico. Ele indicou-me duas pessoas. O Doutor Alexandre Mestre e o Doutor Ricardo Costa. O Doutor José Miguel Sampaio e Nora era meu advogado, na altura não tinha tanta experiência nessa área, mas como o senhor sabe normalmente estes pareceres pedem-se a quem esteja fora do processo. Eu próprio sugeri o Paulo Gonçalves. Ele indicou-me o Alexandre Mestre e o Ricardo Costa. Depois foi tudo tratado entre o meu advogado e esses juristas. Veio o parecer e foi esse o timing“, atirou.

Ferreira Nunes foi ainda questionado porque enviou a fatura do serviço a Paulo Gonçalves.

“Reencaminhei, pois achei o valor exagerado. Para ele dizer se era o valor normal. Fatura essa que paguei em suaves prestações durante determinado período. Não questionei antes o preço. Foram 15 mil euros mais IVA. Também não tenho processos destes todos os dias”, concluiu.

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