O Tribunal Arbitral de Desporto decidiu dar razão ao recurso apresentado pelo Sporting em defesa de Adán, na sequência da sua expulsão no polémico jogo com o Marítimo da época passada, considerando nula a decisão que o levou a falhar o derbi com o Benfica no passado dia 21 de maio.
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“O Colégio Arbitral delibera, por unanimidade, julgar procedente o pedido arbitral apresentado pelo Demandante (Adán) e declara a nulidade suscitada e a invalidade dos atos praticados após a apresentação da defesa por parte do Demandante, devendo, em consequência, o processo ser devolvido à Demandada (FPF)“, pode ler-se no acórdão.
Foram ainda revelados os motivos desta decisão.
“O direito de defesa vem consagrado no Regulamento Disciplinar da Liga Portuguesa de Futebol Profissional como um dos princípios fundamentais do procedimento disciplinar. A não consideração da defesa (e meios de prova indicados) apresentada através dos meios indicados pela Federação Portuguesa de Futebol por a mesma ter sido alocada à caixa de spam desta última equivale à não concessão do exercício do direito de defesa, o que é cominado com nulidade e determina a invalidade dos atos praticados posteriormente“, pode ler-se.
Recorde-se que Adán levou, erradamente, uma amarelo por parte do árbitro Tiago Martins, acabando por falhar o jogo com o Benfica.
No entanto, o Conselho de Disciplina não chegou a registar nos seus serviços a audiência prévia de Adán, ou seja, o direito de defesa que antecede a publicação do mapa de castigos sumários (momento a partir do qual o espanhol pôde recorrer para o Pleno).
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Tal deveu-se ao facto de a defesa do guarda-redes espanhol ter na pasta de… lixo eletrónico.
“O email entrou diretamente na pasta spam na data e hora supracitadas [17/5/2023 às 22:24]”, confirmou a… Direção de Tecnologia (DT) da FPF.
O Sporting avançou então com um pedido de impugnação, que acabou negado com o Conselho de Disciplina acabando por devolver o processo à FPF.
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