Internacional

Ronaldo e o gesto de Ferguson: “Para mim essas são as coisas mais importantes”

Cristiano Ronaldo e Alex Ferguson num evento

Cristiano Ronaldo e Alex Ferguson concederam uma entrevista conjunta aos meios do Manchester United, onde recordaram a sua relação que se fortaleceu entre 2003 e 2009 e que se mantém até hoje.

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O internacional português recorda o papel do mítico treinador escocês na sua adaptação ao clube com apenas 18 anos.

“É difícil. Imagina que tens 18 anos, chegas do Sporting e agora jogas com estrelas como Giggs, Scholes, Keane ou Solskjaer. Estava um bocadinho nervoso, mas ele ajudou-me muito na comunicação, ia muitas vezes ao gabinete dele com um tradutor ao meu lado. O mais importante foi que me deu conselhos para crescer como pessoa e como jogador. Desde o primeiro dia, sempre fiz o que ele disse. Digo sempre que ele é como um pai para mim no futebol. Agradeço tudo o que ele fez por mim, pela minha família e especialmente pelo clube“, afirmou.

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Ferguson lembrou a estreia de Ronaldo, a 23 de agosto de 2003, diante do Bolton. Na altura, o astro luso foi lançado na partida aos 61 minutos e de imediato o público de Old Trafford ficou rendido o seu futebol, o que deixou o ex-técnico dos red devils num dilema.

“Lembro-me que quando pensámos em contratá-lo, sempre deixei claro ao seu agente que ele não jogaria em todos os jogos. Mas se ele fosse assim tão bom, eu não o iria ‘travar’, até porque tens sempre de jogar com os melhores jogadores”, admitiu o escocês, que prosseguiu: “No primeiro jogo da época, ele foi suplente. Ele entrou e foi absolutamente fantástico, o público adorou-o! Então eu fiquei nesta situação: meto-o a jogar no próximo jogo ou deixo-o no banco? Foi um grande problema“, referiu.

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Duas jornadas mais tarde, Ronaldo conseguiu a primeira titularidade. Foi a 27 de agosto de 2003, na receção do Manchester United ao Wolverhampton.

Mas nem tudo foram bons momentos na carreira do craque português e nas alturas mais difíceis contou com o apoio de Ferguson.

Tivemos momentos tão bonitos juntos, mas não apenas as vitórias. No meu coração, eu guardo as coisas mais difíceis. Provavelmente ele [Ferguson] não se lembra, mas um dia, o meu pai estava no hospital e eu estava muito em baixo. Falei com ele e ele disse-me: ‘Cristiano, vai para lá dois ou três dias’. Nós tínhamos jogos difíceis e eu era um jogador importante para a equipa. Ele disse: ‘Vai ser complicado porque vamos ter jogos difíceis, mas eu percebo a tua situação e deixo-te ir ver o teu pai’. Para mim, essas são as coisas mais importantes, à parte de ganhar a Liga dos Campeões, a Premier League e as taças“, concluiu.

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