Pinto da Costa deixou duras críticas a André Villas-Boas, um dia depois de o antigo treinador ter anunciado a sua candidatura à presidência do FC Porto.
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O presidente dos dragões diz que Villas-Boas tem o apoio daquilo que considera ser os inimigos do clube, pelo que dssconfia da sua candidatura.
“Então os nossos inimigos é que apoiam um candidato para o meu clube? Aqui há gato. Mesmo gostando de animais, desse tipo de gatos não gosto. Isso pode ser um argumento para eu tomar decisão diferente daquela que eu acho que, para mim, era a melhor“, afirmou em entrevista ao programa ‘Primeira Pessoa’, da RTP, que irá para o ar na íntegra no final deste mês.
“Quando vejo uma pessoa que quer ser presidente, porque é uma obsessão que tem, isso não é servir o FC Porto, não é ser diretor do FC Porto como eu fui, eu comecei como chefe de secção. Agora, quando vejo uma pessoa que tem uma obsessão, diz que quer ser o presidente, que percurso teve? Se eu visse que havia uma pessoa, que toda a gente viu, quer que seja e ele aceita ser como missão, eu não me recandidataria de certeza“, acrescentou.
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Pinto da Costa também recordou a forma como Villas-Boas deixou o FC Porto para rumar ao Chelsea, quando havia dito que estava na sua cadeira de sonho.
“A cadeira de sonho dele acabou quando lhe acenaram com dinheiro. Teve uma cadeira sonho, ganhou o campeonato, ganhou tudo, tinha uma equipa fenomenal. Estava eu tranquilo para a época seguinte, fui chamado pelo Antero [Henrique, então diretor geral do FC Porto], porque ele queria ir embora, tinha um contrato milionário no Chelsea. Quando os sonhos terminam com dinheiro, para mim são sonhos que não são de recordar“, referiu.
Sobre a recandidatura, o presidente dos dragões manteve o suspense.
“Primeiro, tenho um projeto, ter a equipa de futebol novamente nos primeiros lugares da Europa. Depois quero ter a academia, ter a certeza que se faz e que vai ser a melhor academia de Portugal“, disse.
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Por último, Pinto da Costa foi confrontado com uma eventual derrota nas eleições.
“Para mim perder a eleição não seria uma humilhação. Sairia de consciência tranquila. Tenho um projeto, as pessoas sabem o que é o meu projeto, tenho uma obra feita, as pessoas sabem. Se as pessoas quiserem mudar, plenamente… Os sócios é que mandam”, concluiu.
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