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Penálti por marcar contra o Sporting? Houve expulsões perdoadas?

Momento em que Matheus Reis joga a bola com a mão no SC Braga-Sporting da Taça da Liga.

Os especialistas de arbitragem dos diários desportivos O Jogo e A Bola e da rádio Observador analisaram o trabalho de Nuno Almeida no SC BragaSporting, referente à final four da Taça da Liga.

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Logo aos 15 minutos, Eduardo Quaresma protagoniza um pisão sobre Álvaro Djaló. Apenas Jorge Coroado defendem que o jogador do Sporting deveria ter sido expulso e não apenas sancionado com o amarelo.

Aos 20 minutos os bracarenses ficam a reclamar de uma grande penalidade, por falta de Hjulmand sobre Álvaro Djaló. Ora apenas José Leirós considera que deveria ter sido assinalado penálti neste lance.

Aos 69 minutos os bracarenses reclamam nova grande penalidade, por mão na bola de Matheus Reis. Duarte Gomes e Pedro Henriques dão razão às queixas do SC Braga, enquanto os especialistas de O Jogo discordam.

Aos 89 minutos João Moutinho pisa de sola o peito do pé de Pedro Gonçalves e Duarte Gomes e Pedro Henriques consideram que o médio do SC Braga deveria ter visto o segundo amarelo e o consequente vermelho.

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Veja abaixo a análise completa:

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A análise de Pedro Henriques

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A análise de Duarte Gomes

Nuno Almeida dirigiu o primeiro jogo da Final Four que colocou frente a frente SC Braga e Sporting.

O jogo marcou também a despedida dos relvados de André Campos, um dos melhores árbitros assistentes da atualidade, que decidiu terminar a carreira que iniciou em 1995. Os bons devem ter sempre lugar na arbitragem.

Segue análise técnica aos lances mais relevantes do encontro:

5′ Zalazar atingiu Nuno Santos de forma imprudente (braço esquerdo na cara). O árbitro não viu a infração cometida pelo jogador espanhol.

15′ Eduardo Quaresma viu bem o primeiro cartão amarelo da partida após entrada duríssima e muito negligente sobre o calcanhar de Álvaro Djaló. A decisão disciplinar, ainda que no limite, foi correta porque a entrada não foi em salto, não teve velocidade e o pé do central estava apoiado no relvado quando se deu o contacto. Isso geralmente significa que a carga exercida é menor (o que diminui o risco de lesão).

20′ Hjulmand foi ao relvado e tirou a bola a Álvaro Djaló sem cometer infração sobre o adversário. Foi bem analisado o lance que ocorreu já dentro da área do Sporting.

33′ Pizzi isolou Álvaro Djaló que deixou-se antecipar pelo guarda-redes adversário. Se o lance tivesse resultado em golo ou pontapé de penálti, o VAR seria chamado a intervir: é que no início da jogada, Pizzi tocou na passada em Hjulmand, derrubando-o de forma imprudente.

45+1′ Cartão amarelo bem exibido a Gyokeres (por simulação): o avançado sueco, ao tentar passar entre dois adversários, pareceu desequilibrar-se, mas depois tentou potenciar a situação para obter o benefício maior. Foi esse instinto que foi bem sancionado pelo árbitro algarvio.

Nota – Mal gerido o lance que antecedeu o final da primeira parte. A decisão de terminar o jogo pareceu algo emocional, ou seja, como resposta ao facto de João Moutinho estar eventualmente a demorar algum tempo para repor a bola em jogo no pontapé-livre. Se foi essa a interpretação, era preferível advertir o jogador e compensar depois o tempo perdido. Nuno Almeida, árbitro de qualidade e sensibilidade, deve ter percebido de imediato que se precipitou.

54′ Gyokeres partiu de posição legal para rematar com perigo à baliza de Matheus. Esteve bem o árbitro assistente ao validar a jogada.

55′ Erro de análise de Nuno Almeida: Coates derrubou Álvaro Djaló, cortando ataque prometedor conduzido pelo bracarense. Ficou por assinalar pontapé-livre e por exibir cartão amarelo ao capitão do Sporting CP.

63′ José Fonte intercetou ilegalmente (com o braço direito levantado e na direção da bola) jogada disputada perto da sua área. O árbitro não viu e o VAR não podia intervir. Ficou por assinalar pontapé-livre favorável ao Sporting.

65′ Abel Ruiz teve o apoio do seu ombro esquerdo para marcar o único golo do jogo. O contacto naquela zona do corpo é permitido. Esteve bem a equipa de arbitragem.

69′ Matheus Reis tinha o braço direito encolhido junto ao corpo quando Zalazar rematou, mas o esquerdo não resistiu ao impulso de manter-se firme, com punho fechado e fora da zona do corpo, em zona evitável. A trajetória da bola foi alterada, embora o remate não fosse na direção da baliza. A imprudência do lateral devia ter sido sancionada com pontapé de penálti. A infração não justificava sanção disciplinar. É compreensível que, neste tipo de lances, o VAR raramente tenha certezas que a infração seja clara e óbvia.

81′ João Moutinho foi bem advertido após entrada negligente às pernas de Gyokeres.

89′ Moutinho escapou ao segundo cartão amarelo e respetivo vermelho após pisar o pé de Pedro Gonçalves de forma negligente. O médio chegou tarde à dividida e acabou por lesionar o adversário fruto da sua abordagem. Também aqui o VAR não podia intervir.

Nota 4: Trabalho com alguns erros

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