Os especialistas de arbitragem dos diários desportivos O Jogo e A Bola analisaram ao pormenor os principais lances do Gil Vicente-Benfica.
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O lance que mais dúvidas suscitou entre os adeptos foi a falta de Marlon sobre João Mário, que permitiu às águias abrirem o marcador através de penálti.
Os analistas são unânimes ao considerarem que o lance foi bem ajuizado pela equipa de arbitragem chefiada por João Pinheiro.
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Veja abaixo as análises completas.
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A análise de Duarte Gomes
Boa arbitragem e com respeito entre todos os intervenientes
João Pinheiro tomou quase sempre a melhor decisão e também foi bem auxiliado
Nota do árbitro: 7
João Pinheiro dirigiu o Gil Vicente-Benfica, que ontem se disputou no estádio Cidade de Barcelos. Cláudio Pereira (VAR) liderou a equipa de vídeo arbitragem, a partir da Cidade do Futebol, em Oeiras.
Segue análise técnica aos lances mais relevantes da partida:
12’ – Mory Gbane fez falta persistente sobre João Mário, em lance limite. Esteve bem o árbitro ao gerir a situação sem recurso ao cartão.
13’ – José Carlos puxou o braço de Di María, impedindo que o atacante argentino progredisse para zona prometedora. João Pinheiro entendeu que a infração não carecia de cartão amarelo, mas equivocou-se.
17’ – Marlon tocou com a ponta da bota direita na perna esquerda de João Mário, que caiu de imediato. O árbitro, bem colocado, foi perentório ao entender que tinha havido causa/efeito suficientes para justificar o pontapé de penálti (o lance foi dentro da área gilista). A sua interpretação é inabalável, mas a verdade é que este tipo de contactos nem sempre permitem conclusões tão unânimes.
18’ – Cartão amarelo exibido a Maxime Domínguez, seguramente por protestar a decisão do árbitro em assinalar pontapé de penálti.
29’ – Pedro Tiba chegou atrasado e atingiu a perna de Otamendi com alguma negligência (que o próprio reconheceu). Foi bem advertido pelo bracarense.
37’ – Maxime Domínguez tentou a bola, mas acabou por atingir apenas o pé direito de Rafa, em lance onde correu risco desnecessário. A infração situou-se no limiar da imprudência com a negligência, pelo que se aceita a opção do árbitro em não exibir-lhe o (segundo) amarelo.
38’ – Avaliação incorreta de João Pinheiro: Leonardo Buta atingiu a perna de Rafa por trás, na sequência de abordagem efetuada com negligência. Faltou o cartão amarelo.
45+4’ – Kokcu saltou à bola com o braço direito à frente, atingindo Roko Baturina na zona do pescoço/rosto. A infração do turco foi antidesportiva e bem sancionada com advertência. Na sequência, o Gil Vicente disporia de um pontapé de canto, que aconteceu quando o tempo de compensação (+4’) estava esgotado. Nestes casos, o árbitro não deve permitir a continuidade do jogo.
48’ – Esboçou-se pedido de penálti por alegada mão/braço de Florentino na sua área, mas sem razão. Apesar de não ter sido mostrada qualquer repetição do lance, foi percetível que o corte do médio foi efetuado com o peito.
53’ – Golo legal do Benfica, na conclusão de jogada de ataque encarnado. João Mário (primeiro) e Fredrik Aursnes (depois) partiram sempre de posição legal. Rafa Silva, que finalizou, também.
57’ – Falta bem assinalada a João Mário (sobre José Carlos), que resultou em pontapé-livre direto favorável à equipa visitada, perto da área encarnada.
61’ – Golo bem anulado ao Benfica, por indicação competente (e no momento certo) do árbitro assistente: no momento em que Alexander Bah efetuou passe na sua direção, Rafa Silva estava adiantado em relação à linha defensiva dos adversários. A conclusão posterior (seria autogolo) não contou.
66’ – Nova boa decisão do árbitro assistente, neste caso ao assinalar posição irregular a Di María. O argentino criou perigo pela direita, mas partindo de fora de jogo.
67’ – Florentino viu bem o cartão amarelo após pisar com negligência o pé direito de Félix Correia. Na sequência, Rafa Silva protestou e foi igualmente advertido.
71’ – Gabriel encostou lateralmente em Rafa sem cometer infração. O lance, dentro da área do Gil Vicente, foi bem analisado pela equipa de arbitragem.
74’ – Golo legal do Gil Vicente, a reduzir o resultado no marcado.
78’ – Nova infração sobre Rafa a valer amarelo para José Carlos. A entrada antidesportiva, quando o avançado fazia rotação para ganhar terreno, foi bem sancionada.
89’ – Tengstedt caiu na área do Gil Vicente, após tropeçar na perna de Gabriel Pereira, que estava à sua frente e não cometeu qualquer infração. Lance legal e bem analisado pela equipa de arbitragem.
90+4’ – Golo legal do Benfica, de Musa. O avançado estava em posição legal quando João Neves lhe endossou a bola. Esteve novamente bem, o árbitro assistente.
90+5’ – Chiquinho rasteirou Fujimoto muito perto da sua área, em zona frontal. Do respetivo pontapé-livre nasceu o segundo golo do Gil Vicente.