Nacional

Lage elogia Bruno Fernandes, pede fair-play e critica horário do jogo

Na conferência de imprensa de antevisão ao derbi com o Sporting, Bruno Lage mostrou-se bem identificado com o principal perigo do rival: Bruno Fernandes.

Veja também: Juventus em risco de falhar as competições europeias na próxima época

No entanto o treinador do Benfica prefere olhar para o coletivo leonino.

Preparámos o jogo em função do que é o valor coletivo da equipa. Bruno Fernandes é um excelente jogador, já o elogiei várias vezes e dá um contributo enorme à equipa mas, independentemente de jogar ou não, não acredito que a dinâmica mude. Mas claro que dá uma qualidade inegável ao Sporting, não temos a mínima dúvida disso”, afirmou.

Veja também: “Incomoda-me ver alguém com mais Bolas de Ouro do que Ronaldo”

Lage foi também questionado sobre o ambiente em torno do Sporting, em que as claques e a direção estão de costas voltadas. O técnico encarnado desejou que tudo corra pelo melhor fora dos relvados e deu o exemplo de fair-play entre Bruno Fernandes e Pizzi.

Em Inglaterra não há claques e o ambiente é fantástico. O mais importante para cada adepto é apoiar a sua equipa. O que mais espero é que não haja problemas antes, durante e após o jogo. O melhor exemplo é olhar para a relação do Bruno Fernandes e do Pizzi: dentro de campo, se tiverem de meter o pé metem, podem chamar nomes um ao outro e depois cada um vai para sua casa e trocam piropos no Instagram. Há que viver de forma apaixonada durante 90 minutos”, referiu.

Veja também: Manchester United oferece 4 craques ao Sporting por Bruno Fernandes

Críticas ao calendário

Por último, Lage voltou a criticar a calendarização dos jogos e outras regras que no seu entender não fazem sentido.

“Às vezes é importante questionarmos determinadas coisas que acontecem no nosso futebol e por que acontecem. Em Inglaterra uma vez – jogávamos num sábado às 3 da tarde – a meio do aquecimento chega-nos o 4.º árbitro com delegados da federação a informar que o jogo tem de ser adiado meia-hora. A razão é que tinha acontecido um acidente na autoestrada, os adeptos não tinham chegado e tínhamos de esperar por eles. É respeito por quem viaja. Um jogo começar às 21h15 da noite? A que horas o Rio Ave voltou para Vila do Conde? O que é que isso acarreta a jogadores que jogam de 3 em 3 dias? E há que olhar para o adepto, ele é fundamental. Somos o único país em que usamos a braçadeira de treinador no banco. No ano passado, numa fase em que andava de muletas, recebi uma multa de 500 euros por não ter a braçadeira. Tirei-a momentaneamente, o quarto árbitro viu e fui multado. Conhecemos todos os treinadores da 1ª Liga, por que tenho de estar identificado no banco? São questões que fazemos porque sim e não refletimos sobre elas. O estádio tem de estar cheio com adeptos, o ambiente fantástico, temos de dar cada vez mais importância a isso. Ao adepto na bancada poder assistir ao jogo a uma hora decente. O dérbi e o FC PortoSp. Braga mereciam ser a um fim-de-semana“, concluiu.

Deixe um comentário